20 de janeiro | 2025
Denúncia por lesão corporal seguida de morte é aceita pela Justiça contra sobrinho de mulher morta no Sta. Ifigênia
Arquivamento de investigação contra outros acusados e detalhes da reconstituição marcam o caso.
A Vara Criminal de Olímpia acolheu denúncia contra AHPC, acusado de lesão corporal seguida de morte, prevista no artigo 129, parágrafo 3º, do Código Penal. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público após a conclusão do inquérito conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher. A decisão foi proferida pelo juiz Mateus Lucatto de Campos, que determinou a citação do réu para apresentar sua defesa.
Além disso, o inquérito em relação a outros dois investigados, RJP e TGPS, foi arquivado por falta de provas. Ambos tiveram as prisões temporárias revogadas e alvarás de soltura expedidos pela Justiça.
RECONSTITUIÇÃO
REVELA EVENTOS DISTINTOS
Uma reconstituição realizada no último dia 7 apontou que os fatos relacionados ao caso envolveram três eventos distintos, e não uma única briga, como indicado inicialmente pelas testemunhas.
O procedimento foi conduzido pela delegada da Mulher, Débora Cristina Abdala Nóbrega e contou com a participação de peritos, representantes do Ministério Público e defensores das partes envolvidas.
A investigação concluiu que AHPC desferiu um soco em sua tia, Suelene, em uma das ocorrências. Suelene foi socorrida inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Olímpia, onde recebeu atendimento e alta. Horas depois, foi encontrada desacordada em sua residência e transferida à Santa Casa de Barretos, onde faleceu.
JUSTIÇA REJEITA
PRISÃO PREVENTIVA
O juiz responsável pelo caso indeferiu o pedido de prisão preventiva solicitado pelo Ministério Público e pela autoridade policial. A decisão considerou que não há elementos suficientes para justificar a medida cautelar. AHPC é primário, possui emprego formal, residência fixa em Olímpia e não apresenta antecedentes criminais.
Apesar da gravidade do ocorrido, o magistrado destacou que não há indícios de que o acusado represente risco à ordem pública ou interfira no curso do processo. O réu responderá à acusação em liberdade, com a continuidade das fases processuais previstas.
CASO SEGUE EM TRAMITAÇÃO
Com a denúncia formalizada, o processo entra na etapa de apresentação de defesa pelo acusado. A Justiça considera que há indícios mínimos de autoria e materialidade para dar prosseguimento à ação penal.
O caso permanece sob os holofotes devido à complexidade das investigações e à gravidade dos acontecimentos que culminaram na morte de Suelene.
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