26 de janeiro | 2014
DDM registra um caso de estupro por mês em 2013
De acordo com o levantamento divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, pelo menos até o mês novembro a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) registrou um caso de estupro por mês em 2013. Foram 11 casos registrados contra 18 no mesmo período do ano anterior.
Embora o ano tivesse iniciado com um número maior de ocorrências, o resultado do final de 11 meses contrariou a tendência apresentada, pois os números indicam uma redução de 55%.
Mas se a comparação for feita considerando os 12 meses de 2012, quando foram registrados 19 casos, verifica-se que houve uma queda menor de ocorrências do gênero, caindo para em torno de 42%.
Até novembro de 2013 foram registrados oito casos pela DDM e três pela Delegacia Central, que em 2012 não havia feito nenhum registro de estupro.
Esses números publicados no site do órgão consideram informações obtidas com o Departamento de Polícia Civil, a Polícia Militar e a Superintendência da Polícia Técnico-científica.
ESTUPRADORES NO MEIO FAMILIAR
Entretanto, mesmo com a queda registrada, a situação ainda deve ser considerada preocupante. O problema é que muitas vezes o estuprador está no meio da própria família da vítima ou tem estreito relacionamento de confiança com os familiares. E nem sempre o crime é comprovado com rapidez e pode ocorrer da prisão do acusado demorar até alguns meses.
Por outro lado, o estupro é um crime considerado hediondo, mas de difícil divulgação pela imprensa pelo fato dos inquéritos correrem nas delegacias em segredo de justiça, porque quase que invariavelmente tem sido casos de estupro de vulnerável, ou seja, de crianças.
Geralmente apenas o total de casos é conhecido quando a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo divulga o relatório mensal, que muitas vezes não representa a realidade do que é registrado pelas polícias.
Além disso, muitas vezes um caso é registrado na DDM, onde costumeiramente a dificuldade é grande para se chegar às informações, dali o caso segue para a justiça e somente torna pública alguma informação quando a Polícia Militar cumpre algum mandado de prisão expedido pela justiça, seja de condenação ou mesmo de prisão preventiva.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO
Por outro lado, no mesmo período se verificou uma redução dos casos de Lesão Corporal Dolosa (LCD). Em 2012, incluindo o mês de dezembro, foram 147 ocorrências do gênero até novembro de 2013, uma redução de 23,8%.
Ainda no período foi registrada uma tentativa de homicídio e duas de lesão corporal culposa, nesse caso o mesmo total verificado até dezembro de 2012, ou seja, um mês a mais.
Lesões corporais crescem 41% em 11 meses de 2013
O levantamento divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo mostra também o desajuste econômico e social que marca o dia a dia da cidade. São comuns as brigas entre casais, vizinhos e até familiares, o que fez com que os registros de lesões corporais dolosas crescessem aproximadamente 41% no período de janeiro a novembro de 2013.
De acordo com os números publicados no site do órgão, que considera informações obtidas com o Departamento de Polícia Civil, a Polícia Militar e a Superintendência da Polícia Técnico-científica, foram 127 registros em 2013 contra 87 do mesmo período de 2012.
Embora nem sempre o agressor seja preso em flagrante ou porque consegue fugir ou mesmo pagar a fiança, o problema é que grande parcela dos casos acabam se enquadrando na chamada Lei Maria da Penha. Um desses casos foi registrado no mês de setembro.
Um auxiliar de montagem, de 30 anos de idade, morador do Jardim Santa Fé, zona leste de Olímpia, fugiu após ter agredido a ex-companheira, uma industriaria, de 25 anos, que reside no Jardim Santa Terezinha, na zona sul, na própria casa dela.
Segundo consta o casal já estava separado há alguns meses e no dia da agressão, embora com medida protetiva decretada pela justiça, impedindo que ele se aproximasse dela, ele a procurou com o pretexto de ver o filho e a agrediu com socos e tapas.
DESCOBRINDO A TRAIÇÃO
Outro exemplo foi o caso que ocorreu em novembro, quando uma balconista de 26 anos acabou sendo agredida e até recebendo uma ameaça de morte, depois de ter flagrado o marido, que tem 53 anos, com outra mulher em um rancho em Guaraci.
A balconista teria flagrado o marido em atitude de romance com outra mulher. Em seguida ela retornou para sua casa e ficou aguardando a chegada dele.
Quando ele apareceu em casa, ela lhe falou a respeito da situação e anunciou o fim do relacionamento entre ambos. Mas ele não aceitou e a agrediu com socos e tapas.
Por outro lado a polícia ainda registrou nove tentativas de homicídio e três homicídios dolosos, mesmos totais registrados no mesmo período do ano anterior.
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