21 de março | 2010

DAESP conhece áreas para implantar aeroporto

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Dois representantes do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), órgão vinculado à Secretaria dos Transportes do Governo do Estado de São Paulo, que mantém convênio com o Comando da Aeronáutica através da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), estiveram em Olímpia na quarta-feira, dia 17, para conhecer três áreas oferecidas pela prefeitura para a implantação de um aeroporto no município.

De acordo com o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, o diretor da Divisão de Projetos e Obras (DPO), Jamil Abukater, e o diretor da Divisão de Aeroportos do Interior, José Mauro de Figueiredo Garcia, ambos engenheiros do órgão, vieram para conhecer as áreas e escolherem uma que atenda as necessidades técnicas, para posterior negociação ou mesmo desapropriação.

Sobre o assunto, o prefeito havia falado ao vivo, na tarde do domingo (7), na rádio FM Independência, de São José do Rio Preto. "Nosso campo de aviação foi desativado no final da década de 90 porque era muito próximo da cidade e houve um acidente fatal com uma criança e naquele momento o DAC interditou", explicou.

Por não ter sido tomada nenhuma medida de substituição do equipamento, o município acabou ficando de fora do novo mapa aeroviário, elaborado recentemente por técnicos do DAESP. "Por falta de gestão o município não está contemplado nesse plano aeroviário do Estado de São Paulo", acrescentou.

De acordo com o prefeito isso ocorreu porque não houve manifestação política com o governo do Estado e até com o DAESP, "que não se interessou em colocar ou pelo menos justificar a vontade de Olímpia constar nesse plano".

PROJETO EXECUTIVO

O prefeito pretende obter, com o governador José Serra, recursos para pagar a elaboração do projeto executivo e depois adquirir a área. "Temos parceiros para colocar alguma coisa para que o aeroporto saia rápido. Por isso acho que, se tudo caminhar bem dentro de um curto espaço de tempo vamos ter uma área cercada para receber bimotores e monomotores", informou. Porém, ele explica que, só a partir de obter recursos mais consistentes para o asfalto, poderá receber vôos de aviões maiores.

O custo do projeto completo, partindo da estaca zero, inclusive do projeto executivo, poderá chegar a R$ 15 milhões. "Mas o caro é o asfalto porque é totalmente diferente do asfalto de uma rua. Talvez 70% desse custo seria com a parte de asfaltamento".

"Já recebi telefonemas de uma empresa (de aviação) de menor porte que já ligou algumas vezes na prefeitura, que se interessa em colocar recursos financeiros para poder operar de alguma forma", comemora.

Segundo o engenheiro José Mauro Figueiredo Garcia, para se ter vôos charter que tenha alcance nacional é preciso operar aeronaves do tipo Boing 737, com cerca de 100 assentos.

"Para isso, nessa altitude aqui, precisa mais ou menos uma pista de 1,7 mil metros, porque o comprimento da pista está relacionado com a altitude, com os ventos e com a temperatura. Para definir isso e que num futuro próximo operar uma aeronave desse tipo, precisa executar uma pista que tenha essas dimensões e características", avisou.

"Estamos aqui para fazer levantamento de dados, olhar os locais e, depois, provavelmente, tenha que levantar alguns dados que não são possíveis de serem levantados, nesse momento. Então, a gente vai só visualizar alguma coisa, vamos precisar de dados posteriores e com esses dados vamos fazer uma análise de viabilidade das diversas áreas já identificadas", reforçou.

PLANO DIRETOR

O engenheiro destacou a importância da área constar do Plano Diretor para garantir a segurança de um aeroporto. "O problema no entorno dos aeroportos é uma ação do próprio município. Uma vez definido o local, que estará dentro de todas as normas técnicas e características necessárias para a operação de um aeroporto, é preciso que o prefeito coloque esse aeroporto no plano diretor da cidade e fiscalizar a ocupação do solo no entorno, para que a ocupação não aconteça. O que acontece normalmente é que logo que um aeroporto se instale, já vem um Jardim Aeroporto e acaba sufocando a utilidade daquele equipamento".

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