19 de abril | 2009

DAEMO vai cadastrar poços de Olímpia para cobrar a utilização

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 Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), vai cadastrar todos os poços de Olímpia, com a finalidade de passar a cobrar também, a água utilizada pelos proprietários.

A informação foi dada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, durante entrevista coletiva que concedeu à imprensa local, na noite da quarta-feira, dia 15, após o encontro com o secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Francisco Graziano Neto.De acordo com o prefeito, o superintendente geral do DAE MO, Valter José Trindade (foto), já iniciou o trabalho de cadastramento, inclusive para que se tenha conhecimento da quantidade de poços em atividade, extraindo água do manancial subterrâneo do município. “Nós não temos a quantidade de poços e suas localizações”, explicou.

 O prefeito explica que dessa forma, quando se fala em cobrança da água utilizada, o proprietário de um poço artesiano, que até então, estava isento de pagar a tarifa porque furou seu poço, vai passar a pagar pelo consumo.

“Hoje ele verá o quanto que é difícil. Ele vai pagar mais caro do que se estivesse consumindo água do DAEMO, porque ele está buscando (água) da superfície errada, onde não deveria buscar, através desses poços semi-artesianos”, comentou.

Até mesmo o Parque Aquático Thermas dos Laranjais, ao que tudo indica e pelas palavras do próprio prefeito, terá o consumo de água de pelo menos um de seus poços controlado pelo DAEMO. “Nós temos problemas com o Thermas, que tem um poço profundo, vai ser tarifado”, acrescentou.

No entanto, em relação à água consumida pelo Thermas, há também a vontade de implantar um método para que possa ser reutilizada: “nós precisamos estudar uma forma de fazer essa água do Thermas ser reutilizada”.

A cobrança da água consumida através dos poços construídos em imóveis particulares, já chegou a ser mencionada pelo ex-superintende geral do DAEMO, engenheiro Luiz Martim Junqueira, durante um dos mandatos do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro, mas a cobrança não chegou a ser implantada.

A necessidade de cobrar pelo consumo dessa água, até mesmo para evitar um possível desperdício, bem como preservar os mananciais subterrâneos, há alguns anos vem sendo defendido pela Agência Nacional de Águas (ANA).

A agência, inclusive, já anunciou que deve passar a cobrar, seja de autarquias como o DAEMO, seja da Sabesp, a maior empresa do setor no Brasil, até pela captação de águas superficiais, como no caso de Olímpia, ocorre com a água distribuída a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA), implantada no Jardim Toledo, zona sudoeste da cidade.

Parcerias
De acordo com o prefeito, para implantar o sistema, o DAEMO já tem parcerias com a ANA, com o Fehidro (Fundo Estadual das Hidroelétricas) e o Comitê da Bacia Hidrográfica Turvo-Grande. “Já começaram os estudos de cima para baixo. Nós vamos cadastrar todos os poços artesianos. Essa é a primeira medida”, resumiu.


Até então, explica o prefeito, está sendo cobrada dos proprietários de poços, apenas a tarifa relativa à coleta de esgoto, com o valor a ser pago pelo consumidor, com base numa determinada quantidade de água consumida. “Se ele produz 30 mil litros de água no mês, ele gera 30 mil litros de esgoto”, exemplifica Geninho.

Dessa maneira, não paga a água consumida, mas paga pela coleta de esgoto. “Hoje não! Além de pagar a água, porque terá o hidrômetro do seu poço artesiano, também vai ter que pagar a mais por estar retirando de um poço artesiano e não de uma superfície como é o Olhos D’água”, avisou.

No entanto, embora considere que se trate de uma ação que exige urgência, a cobrança não está prevista para começar em 2009. “Mas é uma questão muito rápida. A cobrança é muito forte! E isso eu já quero alertar a todos para que se conscientizem desse problema”, finalizou.

 
 
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