20 de julho | 2014

Daemo confirma que ETA está vazando e que pode colocar abastecimento do centro em risco

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O diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, Antônio Jorge Motta, confirmou no final da tarde desta sexta-feira, dia 18, que um dos decantadores da Estação de Tratamento de Água (ETA) está com vazamento e pode colocar o abastecimento da região central e pelo menos dois bairros da zona oeste, em risco.

De acordo com ele, a previsão para sanar o problema será apenas após “concluídas as reuniões técnicas com todos os envolvidos”. Somente depois disso é que “a Daemo terá condições de avaliar o tempo de serviço e informá-lo à população, de forma ampla e segura, antecipadamente ao transtorno, caso possa ocorrer”. E acrescenta: “quanto à falta de água, ainda não foi estimado o tempo que poderá ocorrer, ou se ocorrerá, efetivamente”.

O diretor informou que a ETA é composta por dois decantadores, redutores de velocidade, filtros, sistemas canalizadores e reservação. Um dos decantadores, que chama de 2, apresentou “vazamentos generalizados, impossibilitando, portanto, seu funcionamento”.

A situação, segundo ele, “sobrecarrega todo o sistema da Estação de Tratamento de Água, colocando em risco, inclusive, a estabilidade da estrutura como um todo, por encontrar-se em desequilíbrio. O desequilíbrio ocorre porque toda a estrutura é amparada em fundações diretas (radier) e uma parte dela está com água em sua plenitude, enquanto a outra está com aproximadamente 1/3 da capacidade”.

IMPERMEABILIZAÇÃO

Também de acordo com ele a dificuldade em sanar o problema é que “são poucas as empresas que tratam de tal impermeabilização e o tempo hábil para que tornemos efetiva sua recuperação é bastante curto. Estuda-se a possibilidade de impermeabilizar a estrutura por inteiro, ainda que se comece pela área mais afetada, qual seja, o decantador 02”.

“Esperamos poder executar o serviço com resina de poliuretano, sendo um dos produtos tecnicamente mais respeitados no mercado, utilizado pela SABESP, Indústrias Saint Gobain, dentre outras”.

Por outro lado, afirma que o orçamento oficial ainda “não nos foi apresentado, mas já recebemos a visita do representante /distribuidor do produto, bem como aguardamos a visita técnica de um dos aplicadores do produto, creden­ci­ado pelo distribuidor”.

“Após – acrescenta o diretor – teremos o custo apresentado, e esperamos, apreensivos, possa ser suportado pela Autarquia, com recursos próprios. Os serviços, caso contratados, deverão ser iniciados imediatamente, motivado pelos riscos óbvios, o que dificulta a situação, porque não se encontram muitos aplicadores no mercado e, mesmo quando interessados, dependem de logística, disponibilidade de equipe, etc”.

Antônio Jorge Motta explica que “o produto (poliuretano) não foi eleito ao acaso, mas sim, por orientação técnica do Projetista da “ETA – Cachoeirinha”, que lá o pres­creveu como sendo o mais apropriado e como sendo o de maior garantia. Sendo especialista no assunto, respeitamos, portanto, sua prescrição, ainda que extraída de outra obra, mas com as mesmas características técnicas”, finalizou.

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