04 de outubro | 2009

DAEE faz alterar projeto para tratar em sistema compacto

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A má qualidade das terras encontradas nas áreas que estavam sendo analisadas para a implantação do sistema de tratamento de esgoto em Olímpia, que dificulta a compactação de aterros, fez o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, propor a troca do sistema de lagoas australianas, que vinha sendo preparado há vários anos, para um sistema com­pactado que, inclusive exige uma área menor.

A informação foi confirmada no final da tarde da sexta-feira, dia 2, pelo superintendente do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAE­MO), Valter José Trindade. Ele foi procurado pela reportagem desta Folha, por causa de uma men­sagem postada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Ge­ninho, em seu twitter, uma das ferramentas à disposição na Internet.

“O Estado que decidiu porque o DAEE está achando muito difícil construir as lagoas com aquela qualidade de solo e eles que estão mudando para o sistema compacto. Numa condição de terra normal ficaria na metade do preço, mas nas condições da terra de Olímpia, ficaria mais cara que o sistema escolhido agora”, explicou Trindade.

Trindade informou que a opção para o tratamento mais barata, se­ria o sistema de lagoas tipo australiana, que utilizam o solo como ma­téria prima para fazer o tratamento anaeróbico. Porém, as áreas disponíveis não apresentaram boa qualidade de solo e não dariam a compactação necessária aos aterros.

“Em qualquer lugar que for fazer é preciso importar solo argiloso para fazer os aterros. Fizemos sondagens em todos os lugares que seriam possíveis fazer e não deu solo compatível necessário para fazer as lagoas”, justificou.

Essa situação, de acordo com Trindade, foi encontrada tanto do lado da margem direita do rio, que pertence à empresa Cutrale, quando da margem esquerda, cujas terras pertencem a outros proprietários. Segundo ele, os estudos foram realizados em quatro áreas específicas “dos dois lados”.

O diretor explicou que para usar alguma das áreas para a implantação do sistema de lagoas australianas, o projeto seria encarecido, justamente por causa da necessidade de substituir a terra do local. “Fica um custo muito alto transportar terra vermelha para compactar e tirar a terra de lá e levar para outro lugar”, explicou.

CUSTO MAIOR

A implantação do sistema compacto, no entanto, custa mais caro. Porém, Trindade não vê problemas. Ele explicou que o Governo do Estado assumiu 100% dos custos para a implantação e será feito no sistema compacto que é composto por reatores e filtros biológicos, além de outros asses­sórios.

Inicialmente estimam que o novo sistema chegue a custar entre R$ 12 e R$ 15 milhões, praticamente o dobro do que custaria a simples implantação do sistema anterior, caso não fosse exigida a importação da terra necessária para a compactação da lagoa.Mesmo com a alteração do projeto, o sistema será implantado depois da rodovia Assis Cha­teaubriand (SP-425), na margem direita do rio Cachoeirinha, onde há uma plantação de laranjas.

Em contra-partida, a implantação do novo projeto exige uma área bem menor que para as lagoas do tipo australiana, que exigiriam área de 15 alqueires aproximadamente. No caso do tratamento compacto, será necessária uma área cerca de três vezes menor.

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