20 de julho | 2014

Dados mostram que união entre mulheres predomina em Olímpia

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Considerando os casos já re­gis­trados em Olímpia, que foram divulgados pelo Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Olímpia, pode se afirmar que a união ho­mo­afetiva, ou seja, os casamentos gays entre mulheres pelo menos por enquanto está predominando em Olímpia.

A essa conclusão pode se chegar a partir de uma publicação de um edital de proclamas feita em jornal local no dia 21 de junho deste ano, divulgando a união entre a autônoma Priscila Fernanda A­re­des Vicentin, de 27 anos de idade, que é natural de São José do Rio Preto e divorciada, com a dona de casa Débora Cristina Garido, de 25 anos, também de Rio Preto, mas ainda solteira.

O terceiro casamento foi em novembro de 2013, com a união da funcionária pública Vilma de Fátima Rosa, de 54 anos de idade, natural de Birigui, e da dona de casa Célia Alves Ribeiro, de 48 a­nos, natural de Araçatuba, será o terceiro casamento gay da história de Olímpia, denominado oficialmente por casamento ho­mo­afe­tivo.

Assim como ocorreu no segundo casamento, esse também seguindo a decisão anunciada a­través de Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a­nunciada no dia 13 de maio próximo passado.

Como se recorda, a Resolução aprovada pelo CNJ, por 14 votos a 1, determina aos cartórios que celebrem os casamentos homo­afe­tivos, mesmo que não haja lei a­pro­vada pelo Congresso sobre o as­sunto.

Antes desta decisão os casais eram obrigados a firmar um contrato de união estável, o qual não previa os direitos como herança e adoção de crianças. Os casais que quisessem esses direitos precisavam entrar na Justiça.

Agora, com a decisão do CNJ, qualquer cartório também passa a ser obrigado a realizar a conversão de união estável em casamento civil sem a necessidade de recorrer a uma ação judicial para que a decisão seja oficializada.

SEGUNDO CASAMENTO

No segundo casamento registrado na cidade houve a união da auxiliar de despachante, Ju­li­­ana Fernanda Gonçalves, de 24 anos de idade, e a auxiliar de serviços gerais, Camila Roberta Maran­gon, de 25 anos, cujo edital de proclamas foi divulgado pela imprensa local no dia 28 de setembro.

ANTES DA RESOLUÇÃO

Mas como se recorda, o primeiro casamento gay da história de Olímpia foi antes da resolução do CNJ e autorizado em fevereiro de 2013 pelo juiz de direito da 3.ª Vara de Olímpia, Sandro Ribeiro Barros Leite.

Foi um casamento ho­­mossexual que também envolveu duas pessoas do sexo feminino, uma delas a física Márcia Andréa Scan­daroli, de 30 anos de idade, e a outra a empresária Andressa Dourado Vi­eira, de 32 anos.

Por outro lado, segundo informação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), no Censo de 2010 a cidade possuía 25 casais homossexuais.

Mulheres agredidas por estarem de mãos dadas em S. J. Rio Preto

A intolerância é uma situação que há algum tempo vem sendo discutida, inclusive nos meios políticos, como no caso do Congresso Nacional. Defender uma situação que por quaisquer que sejam os motivos, dentre eles o religioso, não pode dar o direito de uma pes­­soa partir para a agressão, co­mo aconteceu no do­mingo, dia 13, em São José do Rio Preto.

Como se recorda, por causa da intolerância duas mulheres foram agredidas na saída de uma boate gay na madrugada de domingo. Uma delas está internada na Santa Casa com ferimentos pelo corpo, depois de ter sido vítima de preconceito. Elas teriam sido a­gre­didas por um homem no estacionamento da boate, por estarem de mãos dadas.

Segundo a vendedora, de 24 anos de idade, o homem teria xin­gado a companheira dela, u­ma operadora de caixa, de 27 anos, e em seguida começou as agressões. A confusão teria a­con­tecido quan­do as duas andavam de mãos dadas procurando outras amigas no local.

“Ele dizia que éramos sapatão e que sapatão tinha que morrer. Minha namorada tentou ignorar, mas ele continuou os xingamentos até começar a nos agredir com socos. Eu não me feri muito porque protegi o rosto com os braços, mas ela está com o rosto todo ferido”, contou a vendedora ao jornal Diário da Região.

A mulher disse que mantém o relacionamento há nove meses e que essa é a primeira vez que são vítimas de preconceito. “Do­is seguranças viram e não fizeram nada. Eles disseram que o agressor estava acompanhado de mais gente e eles estavam apenas em dois. Cadê a segurança e a responsabilidade dos organizadores”, questiona.

Mas o chefe de segurança da boate nega que tenha ocorrido omissão e afirma que uma das mulheres reiniciou a briga depois que a confusão já estava con­trolada.

“Já tínhamos apartado a briga e uma delas pegou uma pedra grande e atirou na cabeça do rapaz. Já estava controlado e ela tomou essa atitude, aí complica. Não sei dizer para onde o rapaz foi, só sei que uma travesti amiga dele, colocou ele ensanguentado dentro de um carro preto e foram embora. Inclusive quando passaram em frente a boate, elas chutaram o carro e ainda bateram com o sapato”, disse o segurança que não foi identificado.

Um boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal e injúria. O caso será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto.

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