11 de maio | 2008

Crianças maiores têm menos chances de serem adotadas

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 Cada dia que passa para uma criança em condições de adoção representa um pouco mais de dificuldades para surgir um casal interessado. Isto porque, geralmente, os casais evitam criar uma criança maior, a chamada adoção tardia, que, inclusive, há muitos casos em Olímpia.

Pelo menos isso é o que se depreende da informação da psicóloga Sônia Maria Ferreira Queiroz (foto), dada à reportagem desta Folha nesta semana. "As crianças que precisam muitas vezes ser adotadas são as maiores e não têm essa chance", comentou.

Segundo a psicóloga, a fila de casais interessados em adotar uma criança é grande, mas, são poucas as crianças em situação de adoção no município de Olímpia.

"Crianças que poderiam ser adotadas temos muitas, mas em situação de adoção são poucas", reforçou. Sônia recomenda que a pessoa que pensa em adotar uma criança deve, em primeiro lugar, se cadastrar no fórum e ficar na fila de espera, mas com bastante amor no coração.

Adoção de bebês

"Temos muitas pessoas para adotarem crianças ainda, mas seria bom que tivessem disponibilidade para adotar uma criança com idade um pouco maior e que pensassem: o amor que tenho é tanto que independe de ser uma criança pequena", afirma.

O casal , segundo explica, deve adotar a criança de acordo com os próprios parâmetros de vida normal. Quer dizer, respeitando a vivência e a educação que tem, ao invés de pensar que essa criança é problemática.

Alguns vícios que porventura tenha, o casal deve ir moldando segundo as conveniências ambientais: "aquilo que você está vivendo, do social em que você vive, porque uma criança criada no interior do estado e uma criança criada na metrópole são diferentes. Você deve educar de acordo com o que você vive".

Uma criança adotada exige muita dedicação da mãe, principalmente "tem que ter muito amor porque a mãe é tudo na vida de uma criança. Temos mãe e nossa mãe é sempre o reflexo. O filho se pautará sempre na mãe".

E acrescenta: "Se é um adolescente ou um adulto responsável, quem criou e fez tudo foi a mãe. A mãe é quem deu o parâmetro para que ele fosse assim. Se é um desajustado, quem é o responsável é também a mãe".

Explica ainda a psicóloga, que a influência da mãe é muito grande. Por exemplo, se passar insegurança, a criança será um filho inseguro: "o amor está acima de tudo e com amor você consegue tudo".

Muitas vezes a criança está num abrigo para que seja protegida das situações de riscos que vivem em seus lares e permanecem ali protegidas pela lei. No entanto, nos casos de muitas delas os pais não têm condições de levá-las de volta para casa.

"Porque tem pai drogado ou que têm dívidas com a lei e estão presos, mas essas crianças, infelizmente, não estão em situação de adoção e vão crescendo dentro de abrigos, sem ter chances de serem adotadas", justificou.

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