“(…) por má vontade, ou incompetência administrativa de um órgão tão importante do governo Estadual, a população vai ficar sem saber a versão oficial do que realmente aconteceu”.

Alegando que só as equipes que atendem as ocorrências têm acesso aos fatos, a guarnição do Corpo de Bombeiros de Olímpia não forneceu nenhuma informação na manhã de quinta-feira, 09, sobre incêndio ocorrido na madrugada do mesmo dia na rodovia Assis Chateaubriand, que cobriu praticamente toda a cidade de fumaça e pode ter sido o maior dos últimos meses.

O incêndio teria ocorrido por volta de 01 hora da madrugada de quinta-feira, num trecho do município de Olímpia às margens da rodovia Assis Chateaubriand no sentido Barretos.

Provavelmente provocado por bituca de cigarro ou por algum incendiário, segundo se analisa de vídeos postados no Facebook, o fogo teria atingido plantações e pastos que margeiam a rodovia numa extensão de vários quilômetros. Tanto que a cidade foi invadida por uma fumaça intensa e de cheiro forte que atrapalhou o sono de grande parte da população.

SEM INFORMAÇÕES

No Corpo de Bombeiros, por volta de 10h30 da manhã do mesmo dia não existia nenhuma informação oficial sobre o fato, com os representantes da guarnição local apenas justificando que o atual sistema de informática não dá acesso para o profissional que troca o turno às ocorrências registradas por equipes anteriores.

Para o editor desta Folha, do iFolha e da Rádio Cidade, José Antônio Arantes, esta situação que já persiste há vários meses, é absurda e fere frontalmente o direito constitucional à informação previsto na constituição.

“Ou é um problema de falta de planejamento, portanto administrativo ou uma decisão que fere o princípio da publicidade das coisas públicas. A situação mostra claramente que o Corpo de Bombeiros local (ou Estadual) não tem compromisso nenhum com a constituição vigente no Brasil que prevê o direito à informação da população como um dos pilares da democracia”.

“A verdade é que a população, principalmente os que têm problemas respiratórios, viveu momentos de pavor e pânico na madrugada de quinta-feira e, por má vontade, ou incompetência administrativa de um órgão tão importante do governo Estadual, vai ficar sem saber a versão oficial do que realmente aconteceu”, concluiu o jornalista.