30 de agosto | 2009

Coordenadora defende ampliação do período do Fefol

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 O curto espaço de tempo para as apresentações de grupos folclóricos, principalmente, está levando a coordenadora dos Festivais, professora Maria Aparecida  de Araújo Manzolli (Cidi­nha)(foto), a defender a ampliação do período do Festival do Folclore (Fefol). Pelo menos isso é o que se depreende de, pelo menos uma afirmação que fez em entrevista que concedeu na quinta-feira, dia 27, à reportagem desta Folha. O evento que, inicialmente era realizado nas duas praças centrais da cidade e, há décadas vem sendo realizado no espaço de uma semana, está sendo curto para atender a demanda cultural que aporta na cidade em apenas uma semana do mês de agosto.

A intenção, segundo ela, é chamar todos os grupos de Olímpia e perguntar se “não seria o caso de fazer um festival nosso”. “Estou pensando exatamente nisso porque todos os pontos que a gente sentiu foi uma falha no tempo de palco”, acrescentou, mas asseverando que o público também tem importância e tem que ser pensado e respeitado. “Às vezes o público está lá para ver um determinado grupo e vai embora sem ver”, reforça.

Uma das propostas, segundo a coordenadora, é fazer um pré-festival durante o mês de julho, envolvendo apenas os grupos locais, por exemplo: “vamos pensar! E, que tal termos um mês de apresentações de folclore? Não sei, vamos ter que rever isso”, comenta. A cidade, de acordo com ela, atualmente conta com 17 grupos folclóricos e três parafolclóricos. “Todos querem participar”, diz.

Mas uma coisa já é definitiva. Embora defenda o controle pelo relógio, a própria coordenadora reconhece que o tempo dos grupos é muito curto. “É pouco tempo, é pouco espaço, são poucos dias, porque realmente são muitos grupos e, então nós temos que ter um certo limite de tempo. É a queixa de todos”.

BALÉ DA AMAZÔNIA

Já sobre a apresentação no palco realizada pelo Balé Folclórico da Amazônia, na noite da quinta-feira, dia 13, ressalvando que houve mais acertos do que erros, a coordenadora disse: “o Balé realmente foi infeliz, eu acho que não precisaria”. Porém, segundo ela, a intenção não era apenas transportar o carnaval para o palco, mas abrir espaços para outras festas culturais do nordeste, como o frevo e o maracatú. “E­les têm uma conotação diferente do carnaval e, às vezes, as pessoas discutem”, comentou.

Porém, não descartou a possibilidade de arregimentar o carnaval para o folclore, uma situação que pretende levar a uma discussão mais ampla: “até onde o carnaval deve e até onde não deve no folclore, mas acho que foi um pequeno deslize”.

Porém, ela faz questão de ressaltar que a busca de um retorno ao tradicional, isto é, aos ideais do professor José Sant’anna, ideali­zador do maior evento cultural do Brasil, foi o objetivo buscado no 45.º Fefol.

Reconhecendo as dificuldades para obter o resultado desejado, Manzolli destaca que Sant’anna demorou a aceitar os grupos pa­ra­­folclóricos. “Com ele a gente já recebia grupos parafol­cló­ricos, balés folclóricos, mas o fes­tival é do folclore, ele sempre deixou claro isso”.

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