09 de novembro | 2014

Contra a OMS: Olímpia realiza mais cesáreas que partos normais

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De acordo com a informação divulgada à imprensa local pela diretora de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Olímpia, Juliana Bressane Dias, o município de Olímpia continua contrariando o que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e realizando mais nascimentos de crianças através de cirurgias cesáreas do que em partos normais.

Segundo consta, são registrados aproximadamente 600 nascimentos de crianças por ano e apenas 15% são através de partos normais. O restante são partos cesáreos, que, na maior parte, é realizado através de procedimentos particulares, aproximadamente 88%. “A situação deriva de um problema cultural”, justifica a diretora de Vigilância em Saúde.

Porém, de acordo com a OMS, o total de número de partos cesáreos tem que atingir no máximo aproximadamente 15%. No entanto, sendo os dados divulgados, ocorre exatamente o contrário. “O número de cesáreas é muito grande em Olímpia”, acrescenta.

De acordo com ela, em Olímpia nascem 600 crianças aproximadamente por ano. Destas, apenas a média de entre 90 e 100 são através de partos normais. Portanto, cerca de 500 são nascimentos através de partos cesáreos.

A diretora afirma que a saúde local garante e presta toda a assistência necessária às gestantes da rede pública durante o período pré-natal. “É feito todo o trabalho de sensibilização. Fazemos grupos de gestantes, ou seja, todo o pré-natal é orientado. Dizemos sempre que é melhor o parto normal, o parto natural, para a mãe e para a criança”, explica.

Mas Juliana Bressane lamenta que o resultado não seja como o desejado na hora do nascimento da criança: “na hora que chega ao parto é cultura mesmo”. “Elas acabam mudando de ideia, preferindo fazer a cesárea”, reforça.

As razões são várias, mas a diretora afirma que é culpa da mãe, principalmente, a escolha pelo parto cesáreo. “É mais rápido, mais fácil e mais simples. Também tem a questão da dor. É um procedimento (parto normal) sofrido, ou seja, é um conjunto de situações”, justifica.

Por outro lado, Juliana Bressane aconselha às mães que realmente pretender que o filho venha através de parto normal que procure por um profissional que queira acompanhá-la nesse processo. “A rede pública é onde mais se faz parto normal”, conta.

Ainda de acordo com ela, nos consultórios particulares 88% dos partos são cesáreos, aproximadamente. Já no setor público o número de procedimento cai.

“A cesárea não deixa de ser uma intervenção cirúrgica com seus riscos, por exemplo, de (contrair uma) infecção (hospitalar). A mãe sai com pontos do hospital. Se puder evitar isso é melhor para a mãe e para o bebê”, observa.

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