19 de janeiro | 2025
Como o tempo excessivo de tela pode comprometer o aprendizado
TELAS EM EXCESSO: UM ALERTA!
Psicoterapeuta Claudia Caetano, especialista em ABA, explica os riscos do vício digital, os sinais de alerta e como promover alternativas saudáveis.
Bruna Arantes – O uso de telas é uma realidade na rotina das crianças, mas o excesso pode trazer graves consequências para o desenvolvimento da fala, linguagem, habilidades motoras e até para a saúde mental. Segundo a psicoterapeuta Claudia Caetano, especialista em ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a exposição prolongada às telas deve ser moderada para evitar problemas no desenvolvimento infantil.
Quando as crianças passam muito tempo em dispositivos digitais, interagem menos com os pais e outras crianças, prejudicando habilidades importantes como comunicação e linguagem.
IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO MOTOR
O uso excessivo de telas também compromete as habilidades motoras das crianças. Claudia alerta que esse hábito está relacionado a problemas como ansiedade, obesidade, depressão e sedentarismo.
Além disso, o tempo de tela afeta o desenvolvimento cognitivo. Durante a infância, o cérebro precisa de estímulos ativos para crescer de forma saudável. O consumo passivo de conteúdos digitais limita esse desenvolvimento e pode causar dificuldades de atenção, impulsividade e distúrbios de aprendizado.
SINAIS DE ALERTA PARA OS PAIS
Os primeiros indícios de que o tempo de tela está prejudicando uma criança geralmente aparecem no comportamento. “Mudanças como irritabilidade, dificuldade para regular as emoções e desinteresse por estudos ou brincadeiras são sinais claros de que algo está errado”, afirma Claudia.
Outros problemas incluem déficit de atenção, aumento da impulsividade e dificuldades para interagir socialmente. Esses sintomas devem ser observados com atenção, pois podem afetar significativamente o desempenho educacional e o bem-estar da criança.
ESTRATÉGIAS PARA
REDUZIR O TEMPO DE TELA
Promover atividades fora das telas é essencial para fortalecer o vínculo familiar e estimular o desenvolvimento cognitivo das crianças. Claudia sugere algumas estratégias:
Estabeleça limites claros para o uso de dispositivos;
Crie brincadeiras com objetos caseiros que incentivem a criatividade;
Dedique tempo de qualidade à criança, demonstrando afeto e paciência;
Seja um exemplo: reduza também o uso de telas no convívio familiar;
Estimule a resolução de desafios e o comportamento ativo.
Essas práticas não apenas evitam os danos causados pelo vício digital, mas também fortalecem o relacionamento entre pais e filhos.
O VÍCIO DIGITAL E SEUS RISCOS
O transtorno de dependência de telas, descrito pelo psicólogo norte-americano Aric Sigman, já é reconhecido como um problema grave em vários países. Casos extremos chegam a necessitar de internações para tratamento especializado.
Afinal, é possível aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer o desenvolvimento das próximas gerações.
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