09 de novembro | 2014

CNT coloca rodovia SP-322 entre as piores do Brasil

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Marcada por vários acidentes em grande parte com vítimas fatais, fato que a levou a ser denominada de ‘rodovia da morte’, a rodovia Armando de Salles Oliveira, SP-322, aparece entre as piores estradas do Brasil, segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT), que foi divulgada no dia 16 de outubro próximo passado.

Com o trecho entre Olímpia e Bebedouro em fase de recuperação e construção de terceira faixa em alguns trechos, a SP-322, que tem 106 quilômetros de extensão, mesmo com problemas de sinalização como é o caso do trevo de acesso a Olímpia, onde vários acidentes graves foram registrados recentemente, a estrada recebeu a nota regular mesmo assim.

Por isso, a rodovia Armando de Salles Oliveira aparece no levantamento ao lado das rodovias Elyeser Montenegro Magalhães, SP-463; e Percy Valdir Semeguini, SP-543. Todas foram as piores classificadas e receberam a nota regular.

Mas o levantamento a pesquisa da CNT apresenta outras surpresas, como no caso da rodovia Assis Chateau­briand, SP-425, que também passa pelo município de Olímpia, que também tem um grande trecho em obras apresentando sinalização praticamente inoperante, com o registro de vários acidentes também considerados graves.

Com 302 quilômetros de extensão a SP-425, que em razão do registro de muitas vítimas fatais já é chamada de ‘Nova Rodovia da Morte’, recebeu o conceito bom. Junto com ela, também foram consideradas “boas” as rodovias Washington Luís, SP-310; Brigadeiro Faria Lima, SP-326; e Comendador Pedro Monteleone, SP-351.

Por outro lado, também supreendentemente a rodovia Transbrasiliana, BR-153, entre Icém e Ourinhos, foi classificada como ótima, junto com a rodovia Euclides da Cunha, SP-320, de Mirassol a Rubinéia. As duas foram as únicas da região classificadas como “ótimas”.

O estudo divulgado pela CNT leva em consideração as condições do asfalto, a sinalização e a geometria das rodovias (curvas perigosas, pontes, aclives, declives e etc.).

RISCO À VIDA DOS USUÁRIOS

De acordo com o relatório da CNT, “além do risco à vida das pessoas, os problemas nas rodovias contribuem para aumentar os custos de operação e o tempo de viagem, afetando tanto o transporte de cargas como o de passageiros”.

Diz ainda o relatório que “conforme o estudo, o acréscimo médio do custo opera­cional devido à qualidade do pavimento das rodovias brasileiras é de 26%. Se considerar a região Norte, onde há ainda maiores deficiências na malha, esse índice sobe para 37,6%”.

O relatório da CNT aponta também que a qualidade das rodovias ainda administradas pelo poder público, seja do governo federal ou dos estaduais, é bem menor que as já privatizadas.

Com relação à sinalização das pistas, em 39,9% dos trechos rodoviários pesquisados, a pintura das faixas laterais estava desgastada e em 15,9% era simplesmente inexistente. No caso da faixa central, havia desgaste em 40,8% da extensão analisada e em 6,8% não havia sequer sinalização.

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