20 de setembro | 2009

Chuva de setembro já é 17% maior que média de 22 anos

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 O volume de chuva registrado no pluviômetro da Casa de Agricultura de Olímpia já é 17% maior que a média mensal apurada nos últimos 22 anos para o mês de setembro. Até a leitura realizada no início da manhã da quinta-feira, dia 10, último registro, já havia chovido 70 milímetros contra a média de 60 milímetros apurada a partir de 1987. Neste intervalo, no setembro mais chuvoso foram registrados 173 milímetros no ano de 2000.

Segundo a reportagem desta Folha apurou, as chuvas começaram a ser registradas na manhã do dia 4, com o total de 11 milímetros. Na manhã do dia 5, foram registrados 30 milímetros; no início do dia 7, 3,5 milímetros; dois dias depois, foram registrados 5 milímetros; e na manhã da quinta-feira, dia 10, foram registrados 20,5 milímetros.

Na avaliação do agrônomo Ma­noel Décio Travaini (foto), chefe da Casa de Agricultura, as chuvas, nesse volume, durante o mês de setembro, principalmente, são muito importantes para praticamente todas as culturas. “Provavelmente haverá boa produtividade para laranja, cana-de-açúcar, seringueira e às culturas anuais”, comentou.

Também às pastagens, embora em menor área de ocupação, o volume de chuva será benéfico, segundo estima o agrônomo, porque, conseqüentemente, ajudarão na produção de leite. “Porém as chuvas precisam ser constantes e bem distribuídas, principalmente no verão que os dias são maiores com as temperaturas mais elevadas”, avisa. Nesse caso, a laranja e culturas anuais sofrem com os chamados veranicos se houver o fenômeno.

Se persistirem as chuvas no volume que vem se apresentando a partir do mês de agosto, o que pode ocorrer é atrapalhar, parcialmente a colheita da cana porque as máquinas que são utilizadas são pesadas. “Há dificuldade de entrar na lavoura por conta dos riscos de ficarem atoladas”, explioca.

Já no caso das culturas anuais, além da facilidade no preparo do solo e antecipação do início do plantio, há também a possibilidade de acontecerem duas safras. “Ou seja, poderemos ter uma safra do milho ‘safrinha’ no início do ano que vem”, acrescenta.

No caso da laranja, de acordo com o agrônomo, o que se observa nos pomares é que haverá uma florada muito boa, abrindo a possibilidade dos citricultores realizarem os tratos culturais necessários, em direção a uma produtividade mais elevada.

Por outro lado, embora o produtor não possa fazer sangrias das seringueiras em dias de chuva, haverá a compensação com um aumento da produção em relação anos anteriores.

Plantio

A atual situação, embora os produtores tenham que acompanhar atentamente as previsões de chuvas, para tomar a decisão de começar a plantar, inicialmente permite plantio de milho amendoim e soja. “E se basearem nos históricos de chuvas dos anos anteriores, pelo menos nos últimos cinco anos”, observa o agrônomo.

As sementes de milho, sorgo, amendoim e arroz, que são oferecidas pela CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, já estão disponíveis desde o dia nove de setembro. “Já houve vendas em pequenas quantidades o que deverá aumentar nos próximos dias”, finaliza.

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