11 de março | 2010

Cetesb flagra ‘lixão’ clandestino de Olímpia em Guaraci

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As cerca de 35 toneladas de lixo coletados diariamente em Olímpia estavam sendo transbordadas, ilegalmente, numa propriedade rural localizada a aproximadamente dois quilômetros do perímetro urbano de Guaraci.

A constatação foi feita na quarta-feira, dia 10, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que flagrou a operação de transbordo de lixo no meio de um canavial de Guaraci.

No local eram reunidas as 35 toneladas diárias de resíduos do município de Olímpia, cujo lixão foi fechado em 2009.

A área, de cerca de dois hectares, não tinha licença da Cetesb e, além disso, o solo não estava impermeabilizado, ou seja, preparado para manuseio de lixo, o que poderia gerar contaminação do solo pelo chorume, nome técnico do líquido proveniente da decomposição do lixo.


De acordo com a informação que o gerente regional da Cetesb em Barretos, Davi Faleiros, passou ao jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, há cerca de um mês, a empresa Multiambiental, braço da empreiteira Demop, de Votuporanga, responsável pelo transporte do lixo de Olímpia, abandonou a área de transbordo autorizada pelo órgão, na zona rural do município de Olímpia, de onde o lixo seguia até o aterro sanitário de Catanduva.


“Eles alegaram que as chuvas impediram que os caminhões chegassem até o local e arrendaram o terreno em Guaraci, a dois quilômetros da área urbana, sem qualquer comunicado à Cetesb”, diz Faleiros.

Porém, ele não divulgou se o flagrante aconteceu somente depois de alguma denúncia ou se através de fiscalização de rotina.

O transbordo é utilizado para transferir o lixo dos caminhões coletores, que atuam no perímetro urbano, para as carretas maiores que levam o lixo até o destino final, no caso, na cidade de Catanduva.

Porém, apesar da irregularidade, não foi constatada contaminação do solo. Por isso, a empresa foi apenas advertida pelo órgão ambiental.

A Cetesb também advertiria o arrendatário da área.

No local, a Polícia Ambiental apreendeu uma máquina, do tipo pá carregadeira, que era utilizada para a realização da operação.

De acordo com o jornal de Rio Preto, o prefeito de Olímpia, Eugênio José Zuliani, não foi encontrado na tarde da quarta-feira para falar a respeito do flagrante.

Diz ainda o jornal que também não foi possível manter contato com representantes da empresa Multiambiental.

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