21 de novembro | 2019

Caso de bebê mordido em creche de Severínia repercute no Brasil inteiro

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O caso de um bebê de um ano e cinco meses que recebeu várias mordidas no rosto e nas costas em uma creche em Severínia teve repercussão nacional após a mãe fazer uma postagem no “Facebook”, no perfil “Tiago Josiane Weber”, falando de sua incredulidade diante da situação. Além de virar notícia em veículos de comunicação regional, na quinta-feira, o “post” já tinha mais de 12 mil comentários e compartilhamentos e quase 25 mil curtidas.

O caso aconteceu no Centro Municipal de Educação Infantil Thales Alvim Barbosa na tarde de terça-feira, 19, mas a mãe registrou ocorrência na delegacia de Polícia de Severínia na quarta-feira, 20. Quatro funcionárias da creche municipal Thales Alvim Barbosa foram afastadas das funções temporariamente e a polícia vai abrir um inquérito.

A mãe, a atendente, Josiane Patricia Weber Pereira, registrou boletim de ocorrência em Severínia, na manhã desta quarta-feira, 20, depois que o filho, de 1 ano e 5 meses, no dia anterior, voltou da creche com várias marcas de mordida pelo corpo. O boletim foi registrado como lesão corporal.

De acordo com a vendedora Josiane Patrícia Weber Pereira, de 32 anos, ela estava trabalhando quando, por volta das 14h, recebeu uma ligação da creche perguntando se ela poderia comparecer à unidade, pois o filho dela havia sido mordido por outra criança. "Eu estava trabalhando em Olímpia, não dava para eu ir. Minha irmã foi e ficou chocada. Eu não tinha noção da crueldade que era, pegou na orelha, rosto, nas costas", conta Josiane.

Ela relata que apenas a diretora da creche conversou com a família e alegou que no momento do incidente havia quatro monitoras na unidade e que nenhuma delas estava no ambiente onde o menino estaria com mais duas crianças – os três estariam dormindo, por isso as funcionárias estavam com a atenção voltada para outros alunos. Segundo a diretora, talvez o som da televisão tenha impedido as monitoras de ouvirem o barulho do garoto chorando. Ao retornarem para o quarto, as monitoras viram o que havia acontecido. Segundo elas, as mordidas teriam partido de uma menina.

O menino ficou machucado nas costas, na orelha e no rosto, inclusive no nariz e perto do olho. A mãe diz que levou o filho ao médico, que receitou remédios. "Isso não vai ficar assim, não por eu ser uma pessoa vingativa, mas para aprenderem a ter responsabilidade e saberem o valor de cada criança ali presente", escreveu Josiane no seu perfil no “Facebook”. "Um lugar onde a vigilância desses pequenos tinha que ser constante mesmo com eles dormindo", disse.

O menino passou por exame de corpo de delito na quarta-feira, 20, no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos. A polícia vai investigar o caso como lesão corporal e apurar se houve negligência por parte de quem estava cuidado das crianças.

A diretora, Luciana, informou que a escola está colaborando com a Secretaria de Educação para que as providências necessárias sejam tomadas. "As funcionárias já estão afastadas das funções, prestamos primeiros socorros e respaldo à família. Estou tão abalada quanto a família e vamos prestar esclarecimento à população", afirmou.

A diretora da creche disse para a TV TEM que trabalham no local oito monitoras, sendo quatro em cada período. A diretora disse que elas estavam transferindo os alunos para outra sala e o menino teria sido um dos últimos, e ficou sozinho com as outras duas crianças.

A diretora da escola se reuniu com o secretário de Educação para definir medidas. As quatro funcionárias foram afastadas temporariamente até o caso ser investigado. Elas não são concursadas.

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