17 de março | 2009

Casa de Cultura recebe “Os Antônios” no sábado, 21

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 A Casa de Cultura Prefeito Álvaro Marreta Cassiano Ayusso, vai receber no sábado, dia 21, às 21 horas, a peça “Os Antônios”, que tem texto e a direção de Solano Reys. O texto estilizado no ano de 2080, num mundo moderno, fala, hipoteticamente, do desencanto dos poetas, Antônio Gonçalves Dias e Antônio Frederico de Castro Alves, ao verem-se arquivados no hardware de um computador, preocupado apenas em registrar o maior número possível de dados em um mínimo de tempo.

Os ingressos estão sendo vendidos a R$ 20. Estudantes e idosos pagam a metade.
O autor relata as nostálgicas decepções e espantos dos personagens, ao descobrirem que os sonhos de glória e louros do passado foram reduzidos aos registros eletrônicos a estatísticas do futuro, sem aplausos e delírios de um povo entusiasmado pelo ardor das lutas e conquistas sociais.

Os poetas vão intercalando as suas biografias, com os seus poemas, num crescendo arrojado.
Em linguagem fluente, o autor, a direção e os atores apresentam ao público, num desempenho deslumbrante e de maneira inédita, as figuras pujantes dos poetas Antônio Gonçalves Dias, vivido por PAULO OLIVEIRA, e Antônio Frederico de Castro Alves, vivido por RICARDO CASELLA.

Duas gerações de atores distintas, Paulo Oliveira, vêm dos clássicos, antiga companhia de Paulo Autran e Ricardo Casella desta geração jovem de muito vigor.

Este trabalho tem como objetivo discutir a relação estreita entre o teatro, a educação popular e o significado da palavra conscientização, através da experiência teatral, evidenciando as conseqüências da nossa história e os nossos poetas do século XIX.

A presente pesquisa com pitada de ficção demonstra os diferentes estilos entre Gonçalves Dias e Castro Alves, ambos Antônios; os poetas idealizavam um País livre e soberano, através do surgimento de novos sujeitos (lideranças) nos movimentos sociais.

Pode-se dizer que a preocupação deste trabalho é com a formação intelectual dos estudantes, que hoje tem ferramentas de pesquisa através da internet, mas, que não são estimulados a conhecer os poetas brasileiros. “Queremos reteatralizar a arte dramática a partir de um extravasamento das relações individuais, inserindo no novo drama que irá criar o homem e sua relação – não com a tecnologia moderna, mas, com o seu semelhante”, explica o autor.

 

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