O caos que
se instalou na Santa Casa de Olímpia há pouco mais de um mês, pode ter,
possivelmente, provocado a quarta morte por falta de atendimento
adequado ou mesmo erro médico. Desta vez foi a vez de uma criança que
estava previsto para nascer nestes dias, mas acabou sendo retirado já
sem vida do útero da mãe, nesta sexta-feira, dia 3.

Segundo
foi apurado no final da tarde desta sexta-feira, a gestante Renata
Milene Ferreira da Silva, que daria a luz ao primeiro filho, procurou o
hospital durante a noite anterior, provavelmente já em trabalho de parto
e a médica plantonista apenas aplicou soro, uma injeção, receitou outro
medicamento e a mandou de volta para casa.

De
acordo com a mãe da gestante, a dona de casa Ormezinda de Souza Silva,
foi avisado na portaria da Santa Casa que o médico que acompanhou o
período de pré-natal teria avisado que Renata teria que dar a luz
através de cesárea e não de parto normal.

“Eu
falei na portaria que minha filha não podia fazer parto normal, que o
doutor Rogério já tinha avisado que era cesárea, mas falaram que a
médica sabia o que tava fazendo”, explicou Ormezinda.

Ela
informou que tudo isso ocorreu no início da madrugada de ontem (03) e
que foi embora com a filha por volta de 1h30. “Eles escutaram o coração
do bebê e disseram que tava tudo bem. Fomos embora, mas hoje pela manhã
voltei com ela para a Santa Casa”, acrescentou.

Quando
chegou com a filha outra médica atendeu e levou a filha para dentro
enquanto ela ficou do lado de fora aguardando. “Passado um bom tempo
veio me avisar que a médica queria falar comigo.

Entrei e a médica disse que teve que fazer uma cesárea de urgência, mas que a bebê tinha morrido”, contou.

Enquanto
sua filha estava internada no quarto para a recuperação pós-cirurgia, o
bebê já estava no velório segundo relatou. Ainda segundo a mãe, Renata
estava com 40 semanas de gestação.

Para
ela, a situação da Santa Casa está “caótica e horrível” (sic). “Até
quando vai fica morrendo criança aqui”, questionou e em seguida começou a
chorar.