03 de novembro | 2019
Câmara faz sessão divertida com dois “armários” para garantir vereadores discutindo com a platéia
Niquinha anunciou contratação de dois “armários” para garantir que vereadores não sejam interrompidos pela plateia, mas ele mesmo discutiu com cidadão que estava assistindo e esperando a aprovação de seu título de cidadão.
JOSÉ ANTÔNIO ARANTES
A sessão da terça-feira, 29 de outubro de 2019, da Câmara Municipal de Olímpia, acabou sendo uma das mais movimentadas dos últimos meses, não pelas aprovações e leis, requerimentos e indicações, mas em razão das nuanças que ocorreram no decorrer das suas quase duas horas de duração.
O presidente Antônio Delomodarme, na parte que os vereadores fazem sua manifestação, começou fazendo uma crítica ao secretário da Saúde pelo fato de sua pasta não ter conseguido emprestar uma cama hospitalar para uma cidadã.
Mas a situação esquentou, quando, no tempo da liderança, Niquinha exibiu uma documentação desmentindo o vereador Flávio Olmos, que em sessão anterior teria dito que não teria votado no aumento de mais de 50% nos salários dos assessores comissionados que foi concedido em 2018.
OLMOS PINÓQUIO
Niquinha quando falava sobre o assunto de forma calma, parecendo querer desestabilizar Olmos, acabou sendo interrompido por este, por diversas vezes. Então, irritado, acabou chamando o vereador de moleque, Pinóquio, entre outros impropérios (foto à esquerda).
Flávio Olmos, que não teve tempo de retrucar a acusação de Niquinha, pois já tinha usado o seu tempo regimental, antes, no entanto, criticou a situação da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto que foi inaugurada há mais de dois meses e ainda não está funcionando.
Mas quem acabou gerando o momento mais risível acabou sendo o vereador Hélio Lisse Júnior que é formado em direito e ex-delegado de polícia aposentado.
SAIA DA ABA DO HÉLIO LISSE
Ele usou da tribuna da Câmara para atacar o empresário Reginaldo Gazetta, que vem postando comentários e vídeos criticando a atual gestão e que semanas atrás, acabou criticando o vereador por este ter proposto um voto de aplauso para o secretário da Saúde que foi indicado por seu cacique político, o ex-vereador Hilário Ruiz(foto ao centro).
A questão poderia até ser considerada normal, em razão da crítica feita pelo empresário através do Facebook. No entanto, na mesma sessão o presidente anunciou medidas para conter a manifestação da plateia que, segundo o regimento, não pode interromper as manifestações dos parlamentares e Lisse atacou uma pessoa presente na plateia que não tinha o direito a se defender, diferentemente do que ocorre no Face.
Entre outras coisas, Lisse disse que o empresário não tem conhecimento do que fala, que fala ao vento e pediu para este sair da aba dele, vai fazer e vai utilizar o nome do vereador que te contempla ou que te abraça (referindo-se a Flávio Olmos, do qual o empresário seria correligionário). “Não quero o senhor na minha aba, o senhor não tem o direito de ficar falando mentiras, falando coisas que o senhor sequer sabe. E tem mais, o senhor quer influenciar na minha vontade política, em quem eu vou destinar um aplauso. Tenha dó! Nunca o senhor vai conseguir influenciar nas minhas ações e atitudes. Homenageio e falo aqui bem de quem eu quiser, tá bom? Mais uma vez, saia da minha aba, existe até uma música”, disse o vereador.
ARMÁRIOS CONTROLADORES
Mas, outro momento hilário da sessão foi quando o presidente Niquinha anuncia a contratação de dois seguranças que chamou de controladores de acesso que começaram a trabalhar nos dias de sessão para ajudar no controle de acesso, ou seja, para inibir a manifestação da plateia durante os trabalhos dos vereadores.
A medida foi considerada em postagens na internet como ditatorial e indigna de ser tomada na Câmara que seria a Casa do Povo.
Mas, mais hilário ainda, foi que mesmo defendendo o fim das manifestações da plateia durante as sessões, Niquinha discutiu com o líder dos feirantes, Lucas Nascimento, que também é tido como simpatizante de Flávio Olmos e até recebeu dele um título de cidadão honorário de Olímpia, na mesma sessão, proposto pelo vereador.
A verdade, é que ficou hilária a presença de dois “armários” ameaçadores para controlar uma plateia que com raras exceções supera o número de 20 assistentes (fotos à direita).
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