02 de março | 2015

Bole afirma em carta psicografada que foi morto por duas pessoas e que chegou a implorar por sua vida

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O mototaxista Paulo Ricardo dos Santos, conhecido por Bole (foto), que residia na Rua Cláudia Ledesma Miessa, no Jardim Santa Ifigênia, na zona norte, e foi assassinado provavelmente na passagem da noite do dia 30 de abril para o dia 1.º de maio, com 36 anos de idade, afirmou em uma carta psicografada que foi morto por duas pessoas e que chegou a implorar por sua vida.

A morte dele foi registrado na po­lícia como latrocínio, pois a mo­to Honda CG 150, 2012, preta, placa EWY 6302, de Olímpia, foi levada e ainda não foi encontrada. Os familiares, entretanto, acreditam em vingança.

Na mensagem recebida por um médium, cuja sessão espírita foi filmada e o vídeo disponi­bilizado no “Facebook”, além de falar de sua morte, Bole se dirige à esposa e a sua filha, inclusive citando os apelidos carinhosos com os quais se referia as duas. Comentou a respeito dos abraços que dava na filha a cada aniversário dela.

Cita o apelido do irmão Chum­binho e nomes de pessoas ligadas ao convívio com sua família. Falou inclusive sobre sua paixão por motocicletas.

Ao final, depois de contar da saudade que ele também está sentido, afirmou que estará sempre ao lado da esposa e da filha, ajudando no que for preciso.

A respeito de sua morte, segundo o relato do médium, Bolé inicia afirmando que atendeu ao chamado porque “realmente existem muitas coisas que precisam ser relatadas e confirmadas. Eu vim para descrever”.

“Não existia (…) no telefonema. O único (…) que confiei foi o meu parceiro. Não era só um. Impossível, Mesmo se fosse só um eu teria enfrentado. Ele não estava sozinho. Ao chegar na estrada eu tinha certeza que ficaria ali e não voltaria aquela noite para casa. Eu já temia algo, mas nunca liguei para essas coisas. Mas algo mais forte falava que desta vez seria real. Eu desconfiei por causa que a hora da corrida não era a minha vez. Mas e daí? Outras vezes já havia acontecido isso e eu não pensei duas vezes e fui atender”.

Em outro trecho ele diz: “Eles não tiveram amor. Eu supliquei pela minha vida”. Disse também: “agiram por trairagem, mas não vai me trazer de volta. Nem adianta a revolta, pois mesmo assim não irei me sentir melhor. Deus é o melhor juiz e dele ninguém escapa”. Ainda antes de encerrar esse assunto afirmou: “Não vinguem. Entreguem nas mãos de Deus”.

ENTENDA O CASO

Como se recorda, até hoje não foi esclarecida a morte de Paulo Ricardo dos Santos. O caso foi registrado na polícia como latrocínio, pois a moto Honda CG 150, 2012, preta, placa EWY 6302, de Olímpia, foi levada e ainda não foi encontrada.

O corpo do mototaxista foi encontrado por pescadores na manhã do dia 1º de maio em uma estrada de terra de acesso à Lagoa Azul, que fica nas proximidades da “curva da morte”, na rodovia vicinal Diógenes Breda Filho, no bairro rural Laranjeira, na região oeste do município de Olímpia.

Ainda de acordo com a polícia, foi apurado que na noite anterior, por volta das 19 horas, um homem que disse chamar-se Ricardo, ligou no Rato Moto­taxi, dizendo que queria contratar uma corrida com “Bolê” e que o aguardaria nas proximidades do ginásio de esportes “Olintho Zambom”. O moto­taxista, que ainda aguardava sua vez para fazer corrida, como foi chamado, foi autorizado a passar na frente de um colega e foi ao local da suposta corrida e não mais voltou.

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