13 de dezembro | 2015

Bebê microcefálico depende de cura de pneumonia para ter alta da Santa Casa

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De acordo com a última informação divulgada à imprensa pelo diretor clínico, Nilton Roberto Martinez, o bebê que nasceu microcefálico está na dependência de que seja curado da pneumonia que contraiu para receber alta da Santa Casa de Olímpia.

A criança passou por uma tomografia computadorizada que confirmou que o cérebro dele é menor do que o normal.

Por outro lado, também de acordo com o diretor clínico, depois de inicialmente ter negado, a mãe, uma jovem de 20 anos de idade, que deu a luz ao bebê, confirmou ter sentido os sintomas característicos da febre zika, doença que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que é o responsável pelas transmissões da dengue e da febre chikun­gunya.

O vírus está associado a uma epidemia de microcefalia no Nordeste, mas o médico pede cuidado especial na classificação da causa da microcefalia porque, segundo ele, há muitos outros tipos de vírus e até mesmo a possibilidade hereditária, alcoolismo, uso de drogas e má-formação, como fatores que podem causar o problema.

Vinda de Ribeirão, cidade distante 90 quilômetros de Recife, Estado de Pernambuco – Estado com mais casos de microcefalia no País – a gestante disse após ter negado anteriormente, que nos primeiros meses da gestação sentiu coceira pelo corpo, um dos sintomas do zika.

“Até ontem (domingo, 6) ela falava que não. Disse hoje (segunda-feira, 7) que teve coceira no corpo. Como a paciente é de cor negra não percebeu se tinha vermelhidão na pele. Isso pode ser um sinal”, afirmou à imprensa regional o diretor clínico da Santa Casa, Nilton Roberto Martinez.

O bebê, um menino, nasceu na sexta-feira, dia 4, na Santa Casa de Olímpia, com a cabeça medindo 28 centímetros de circunferência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são considerados como microcéfalos os bebês que tenham perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros.

Na segunda-feira desta semana, dia 7, foram colhidos exames de sangue e urina do recém-nascido para verificar se existe a presença do vírus. O resultado, elaborado pelo Instituto Adolfo Lutz, deverá ficar pronto em aproximadamente 10 dias.

Na manhã de terça-feira, dia 8, o bebê foi examinado por um neurologista na Santa Casa, para que fosse recomendada a medicação compatível para evitar piora no quadro de saúde dele.

“Estamos fazendo vários exames. Alguns de rotina e outros para saber se a microcefalia tem ou não relação com o zika. Não é só esse vírus que causa a microcefalia, por isso precisamos ter cuidado antes de afirmar qualquer relação”, diz Martinez.

 

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