30 de junho | 2019

Banda de Congo Beatos de São Benedito de Vila Velha do Espírito Santo volta ao Fefol

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A Banda de Congo ‘Beatos de São Benedito’, da cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, chega para com­por a programação do 55º Festival Nacional do Folclore (Fefol), que será realizado no período de 3 a 11 de agosto na Estância Turística de Olímpia. O gru­­po, que é mantido pela ACERBES – Associação Cul­tural Esportiva e Recreativa Beatos do Espírito Santo, foi anunciado comissão organiza­do­ra na quinta-feira desta se­mana, dia 27.

Trata-se do primeiro Estado do sudeste brasileiro divulgado pela organização para esta edição do Fe­fol. É o segundo ano que o grupo vem à Capital Nacional do Folclore. Sua es­tre­ia, com cerca de 40 com­ponentes, ocorreu no ano passado.

A ACERBES – Associação Cultural Esportiva e Recreativa Beatos do Espírito Santo é uma entidade que trabalha a cultura popular, o esporte e o lazer em no­ve comunidades. O trabalho foi iniciado em 1999, pelo atual presidente da Associação, Mestre Naio, no curso de Educação Física do Centro Universitário de Vila Velha (CUVV), e bus­cava pesquisar “o resgate local, a divulgação da cultura, a qualidade de vi­da, a fé e a inclusão social”, através do Congo, con­siderado, hoje, Patri­mônio Imaterial Cultural de Vila Velha. E, através des­tes objetivos, quan­ti­ficar melhoras posturais, motoras, rítmicas e sociais em crianças portadoras de necessidades especiais.

A associação deu origem e mantém a Banda de Con­go Beatos de São Benedito, com intensa atuação no âmbito da Cultura Popular Capixaba. A Banda de Congo é formada por pessoas portadoras de necessidades especiais, idosos e adolescentes em risco social.

DEVOÇÃO

O congo do Espírito San­to é uma tradição de louvor a São Benedito que une elementos de origem negra, indígena e cristã. Segundo a lenda, em meados do século XIX, um navio negreiro naufragou na costa do Espírito Santo, e os escravos, amontoados no convés, rezavam a São Benedito, pedindo por um milagre que os salvasse. O Santo fez então com que o mastro central se descolasse de seu casco, tombando sobre a embarcação. Os negros se agarraram a ele e, flutuando sobre as ondas, conseguiram chegar salvos a praia. A partir do ano seguinte ao naufrágio, os sobreviventes instituíram a representação do fe­ito milagroso em louvor a­o Santo. A tradição se espalhou pelo Estado, obedecendo a um calendário anual de louvor aos santos em um be­lo espetáculo de dança e música. Além das festas tradicionais do Con­go, os Beatos se apresentam em festivais e festas públicas.

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