02 de janeiro | 2014

Aumento do IPTU de Olímpia lidera ranking regional

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O aumento de mais de 300% do PITU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Olímpia decidido pela equipe comandada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, para o ano de 2014, lidera o ranking regional da modalidade de Imposto. O município perde apenas para São José do Rio Preto, cuja alteração foi de 125%, bem menor que o local, que mesmo assim naquela cidade está sendo falado em contestação na justiça, assim como aconteceu com o que estava estabelecido para a capital paulista.

Por isso, na avaliação do jornal Diário da Região, de Rio Preto, o reajuste do IPTU será salgado em pelo menos quatro cidades da região de Rio Preto. O cálculo do imposto chega a variar em até 300%, segundo levantamento feito pelo jornal, como é o caso de Olímpia.

Segundo o jornal, o prefeito Eugênio José Zuliani alega que o aumento – nesse caso contraria os vereadores que negam o fato – ocorreu porque a cidade até então não tinha a chamada planta genérica de valores, que foi criada agora para servir de balizamento do valor do imposto.

Porém, para Zuliani também haverá moradores beneficiados. No entanto, cita como exemplo de caso que o aumento seria de 200%. “Dois vizinhos, por exemplo. Um pagava R$ 500 e outro R$ 100. Agora, os dois vão pagar R$ 300. Ou seja, moradores pagarão menos também”, disse.
Em Bady Bassitt, o prefeito Edmur Pradela também mexeu na planta genérica. A maioria dos munícipes de lá pagará entre 15 a 20% a mais de IPTU. Mas quem mora em condomínios fechados deve se preparar, porque o reajuste deve passar dos 100%. Já os moradores de Tabapuã também vão pagar um pouco a mais no próximo ano, 11,58%.

PRESSÃO POPULAR
Também de acordo com o jornal, ao contrário de Olímpia, em Urupês a pressão popular funcionou. O prefeito Antônio da Silva Oliveira, conhecido como Toni Bomba, resolveu reajustar apenas em 4%. Houve pressão de moradores contrários ao reajuste que passaria de 100% em alguns casos.

Em Rio Preto o prefeito Val­do­miro Lopes reajustou o metro quadrado do IPTU em até 125% em condomínios de luxo. Em contrapartida, decidiu por isentar pelo menos 22 mil famílias que, depois de aplicado o reajuste, somarem até R$ 180 de cobrança.

Em Votuporanga, o prefeito Junior Marão decidiu reajustar a cobrança em 5,84%, mas também vai isentar moradores com terrenos avaliados em até R$ 27,5 mil.

Segundo João André, diretor de divisão da Receita Imobiliária e Dívida Ativa, da Secretaria de Finanças de Votuporanga, a medida não é populista. “Basta levarmos em consideração que boa parte dos moradores beneficiados dificilmente teria condições de arcar com as despesas do imposto”, disse.
Para o historiador da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Marco Villa há manifestações e desconforto populacional com reajuste de impostos porque o brasileiro não vê o retorno esperado do governo. “A população sabe que paga muito e vê que o dinheiro é mal usado pelo governo e por isso há reclamação”, afirmou.

 
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