08 de outubro | 2023
Assassino das 18 facadas diz que ex-mulher tentou utilizar veneno de rato para matá-lo
O OUTRO LADO!
Acusado falou por videoconferência da penitenciária onde está encarcerado desde o dia 24 de setembro.
George dos Santos Alves, de 35 anos, também alegou que Edvagna Nunes Luiz, de 23 anos, teria confessado que estava com outro há quatro meses.
Em depoimento prestado por videoconferência, George dos Santos Alves, de 35 anos, confessou que matou sua companheira, Edvagna Nunes Luiz, de 23 anos, em Severínia. Porém, ele afirmou que ela teria confessado que mantinha um relacionamento com outro homem há quatro meses e havia tentado lhe matar com veneno de rato, misturado a uma vitamina.
O depoimento foi prestado na última terça-feira ao delegado Marcelo Pupo de Paula e ao escrivão Haroldo, por videoconferência direto da penitenciária onde o acusado do feminicídio está encarcerado desde que foi preso no dia 24 de setembro, um dia após o crime praticado na praça central de Severínia.
NÃO QUIS ADVOGADO
Segundo a Polícia Civil de Severínia, George dispensou ser assistido por advogado no depoimento prestado. Entre outras coisas, ele contou que manteve um relacionamento com Edvagna durante sete anos, moraram em uma vila chamada Rio dos Peixes, perto da cidade de Campestre/MG e tiveram três filhos em comum.
Contou que no último dia 18 de setembro, deste ano, antes de sair para o trabalho, Edvagna fez uma vitamina e deu para ele tomar. Afirmou que, após ingerir o líquido, sentiu-se estranho e começou a passar mal. No entanto, mesmo assim, foi trabalhar. Quando estava no trabalho, afirmou ele, passou a cuspir sangue.
VENENO DE RATO
Com isso, procurou um amigo que trabalha em um hospital, que lhe deu um medicamento que lhe provocou vômito. Foi quando ficou sabendo que Edvagna havia colocado veneno de rato naquela vitamina.
Depois, afirmou no depoimento que ficou sabendo por uma pessoa que Edvagna havia fugido de casa. Contudo, falou com ela por telefone, onde ela teria confessado que estaria mantendo relacionamento com um tal de “Pipi” há quatro meses. Em seguida, ela disse que viria para o Estado de São Paulo, não informando a cidade.
ENCONTRO CASUAL
No depoimento, George afirmou que resolveu vir para Severínia, onde já havia trabalhado tempos atrás, como cortador de cana. E que, casualmente, encontrou Edvagna no dia 22 de setembro em um supermercado e marcaram de conversar na manhã do dia seguinte na praça da Matriz de Severínia. Também ela teria dito que, caso seu novo companheiro, o “Pipi”, o encontrasse, iria lhe matar.
Quanto ao filho de três anos, que estava com ele, George alegou que a mãe tinha dito que a criança chorava muito e queria ficar com ele, o pai. Com isso, na segunda-feira, juntamente com a criança, foi até a praça conversar com Edvagna sobre o relacionamento.
Relatou que cheirou cocaína pela primeira vez e ainda estava com uma faca para sua defesa, pois estava ameaçado. Contou que, em determinado momento, Edvagna lhe desferiu um tapa no rosto. Foi quando perdeu a cabeça e lhe desferiu os golpes de faca (admitiu nove golpes).
18 FACADAS
Em seguida, George informou que fugiu com seu carro, levando o filho de três anos, e resolveu se entregar para a polícia em Fronteira/MG. Ele foi encarcerado em Frutal/MG, pois tinha um mandado de prisão por tentativa de homicídio praticado naquela cidade.
Como se sabe, o crime de feminicídio foi praticado na praça central de Severínia na manhã do dia 23 de setembro. Edvagna apresentou 18 perfurações de faca. A prisão preventiva de George foi decretada pela justiça olimpiense. O acusado continua encarcerado na penitenciária de Frutal.
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