24 de novembro | 2024
Aposentada recorre à TV Tem após danos causados por picos de energia
PROBLEMAS DE ENERGIA NO TROPICAL II!
Rita Spinelli, moradora de Olímpia, no Tropical II, relata prejuízo e negativa da CPFL em caso de televisores queimados. Vizinhos também tiveram eletrodomésticos queimados recentemente.
A aposentada Rita de Cássia Spinelli, moradora do bairro Tropical II em Olímpia, vive um drama causado pelos constantes picos de energia que afetam sua região. Após perder dois televisores devido às oscilações na rede elétrica, Rita decidiu recorrer à TV Tem para relatar sua situação e buscar uma solução. “Estava assistindo TV, deu um estouro e não ligou mais. A outra, no quarto, também queimou”, lamentou Rita.
Segundo ela, o problema não é exclusivo de sua casa. Outros moradores da região relatam prejuízos semelhantes, incluindo aparelhos como ar-condicionado e TVs danificados. Apesar de ter notificado a CPFL, Rita foi informada de que não houve “intercorrência” no dia do incidente, e a empresa se negou a ressarcir os danos.
VIZINHOS TAMBÉM SOFREM COM O PROBLEMA
A situação no Tropical II parece ser reflexo de um problema maior que afeta diversas áreas de Olímpia. Moradores relatam que os picos de energia se tornaram mais frequentes, levando a prejuízos financeiros e transtornos.
Rita destacou que vizinhos enfrentam problemas similares e que muitos não buscam ressarcimento por acreditarem que a luta judicial não compensa.
José Antônio Arantes, âncora do podcast Pod Pai e Filha, enfatizou que a prática de não buscar reparação judicial é comum. “De cada dez pessoas que têm prejuízo, só uma entra na Justiça. Por isso, as empresas não estão nem aí”, apontou Arantes, que recomendou que os consumidores procurem notificação extrajudicial e, se necessário, acionem o Judiciário para garantir seus direitos.
A SOLUÇÃO ESTÁ NA PREVENÇÃO?
Diante das dificuldades de ressarcimento e das consequências financeiras de um processo judicial, alternativas para prevenir danos foram levantadas.
Arantes mencionou o uso de nobreaks e estabilizadores de voltagem como uma forma de evitar que os aparelhos eletrônicos sejam danificados pelos picos de energia.
“Eu coloquei nobreak em tudo aqui na rádio, porque se algo queimar, não posso parar esperando a pendenga judicial. É melhor prevenir do que consertar”, afirmou.
Ainda assim, Rita questiona até que ponto a responsabilidade deve recair sobre o consumidor. “Por que nós, que já pagamos pela energia, precisamos gastar mais para proteger nossos aparelhos de um problema que não causamos?”, indagou a aposentada.
DESCASO OU FALTA DE SOLUÇÃO?
O caso traz à tona uma discussão sobre a eficiência das concessionárias de energia em lidar com oscilações e sobre a postura das empresas em relação ao consumidor.
No caso da CPFL, Rita aponta o descaso: “Eles disseram que não houve problema, mas aqui, além das TVs, vizinhos tiveram prejuízos também. Como não houve problema?”.
A insatisfação também é direcionada à administração pública. O âncora José Antônio criticou a situação: “Isso só carimba o governo atual, que parece fechar com chave de ouro os transtornos da população”. Ele destacou ainda que muitos moradores veem esses problemas como umafalta de cobrança do município à empresa, pois a cidade é uma estância turística e chega a dobrar seu número de moradores em feriados prolongados.
AÇÕES FUTURAS E O QUE FAZER
Especialistas apontam que, para casos como o de Rita, a primeira medida é buscar orientação jurídica, mesmo que informal. Uma notificação extrajudicial pode ser o início de um processo para exigir o ressarcimento. Além disso, a mobilização comunitária pode pressionar tanto a concessionária quanto o poder público a tomarem providências.
Enquanto isso, Rita aguarda uma solução. “Espero que meu caso sirva de alerta. A energia é essencial, mas o consumidor não pode ficar à mercê de um sistema que não funciona como deveria”, concluiu.
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