21 de março | 2010

APM e Cremesp apóiam as reivindicação dos médicos

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A Associação Paulista de Medicina (APM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), estão apoiando a reivindicação dos médicos que realizam os chamados plantões de disponibilidade ou plantões à distância. Isso ficou representado na reunião da segunda-feira, dia 15, em Olímpia, com presença do presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi, e do representante do Cremesp, Pedro Teixeira Neto.

A reunião contou ainda com as presenças do diretor da 13ª Distrital da APM, Marco Antonio Teixeira Corrêa, do delegado do Cremesp em Barretos Carlos Marcelo Santiago e do advogado Gilson Eduardo Delgado, que atua na defesa dos interesses dos médicos.

Entre os diversos assuntos discutidos, teve destaque o pleito dos profissionais relativo à remuneração do plantão de disponibilidade. Com base na Resolução Cremesp 142, de 2006, os médicos da Santa Casa de Olímpia reivindicam o pagamento de um terço do que recebe um plantonista (cerca de R$ 215) para ficar à disposição em casos de chamadas de especialidades.

Segundo o que ficou decidido o movimento dos médicos continua. As entidades médicas são solidárias à reivindicação, que deve ser resolvida com a assinatura do acordo que determina o pagamento. "O encontro teve como ponto mais positivo o reforço à mobilização dos médicos, que já passaram por diversas decepções com os gestores locais", disse Antônio Correia.

De acordo com Jorge Curi, a Santa Casa deve dar o exemplo para que os pacientes possam ser bem atendidos, não de forma improvisada, mas de forma profissional. "Lógico que nem um médico, numa situação de emergência, numa situação de necessidade, vai deixar de atender a população. Não é possível trabalhar de graça a vida inteira. Ninguém vive de brisa e não é possível querer fazer chantagem com as áreas sociais dessa forma. Isso é um absurdo", acrescentou.

CRM

Para o conselheiro Paulo Teixeira Neto, "precisa chegar num consenso porque os médicos precisam receber para trabalhar. Tem Santa Casa que está com melhor situação, outras não estão. Os médicos entendem isso e aceitam receber menos do que a resolução determina e eles merecem, mas precisam receber alguma coisa".

Ele disse que "os médicos aceitam até receber menos do que a resolução do Cremesp determina (menos do que um terço do valor pago ao plantonista presencial), mas é preciso negociar, há que ter um consenso, respeitar as reivindicações dos médicos, para que a grande beneficiada seja a comunidade e o prefeito tem de entender isso".

Acrescentou: "Os prefeitos e provedores têm que procurar melhorar a Santa Casa como um todo, mas também tem que procurar melhorar a remuneração dos médicos, porque senão, não existe a Santa Casa. Ela só existe porque os médicos estão lá trabalhando".

O conselheiro disse que ratificou que os médicos de Olímpia precisam respeitar os limites da?urgência e emergência: "Eu aconselhei eles de que, infelizmente, os médicos não podem fazer greve total, lidamos com vidas, podemos reivindicar, fazer pressão, mas greve no setor emergencial não é recomendável".

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