04 de agosto | 2024

Âncoras do “Pod Pai” analisam “esquemas” do governo Cunha delatados pelo dono da Bravos

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BOMBA NO POD PAI!
Áudio do podcast revela acusações de favorecimento em licitações e manipulação de contratos públicos. Dono da Bravos presenciou fraudes em licitações e diz que sua empresa teria sido usada como intermediária para “cabidão de empregos”.

Na última quinta-feira, 1º de agosto, o podcast “Pod Pai e Filha”, apresentado por José Antônio Arantes e Bruna Arantes Savegnago e transmitido pelo YouTube, Facebook e Rádio Cidade, abordou um escândalo envolvendo a prefeitura e a empresa Bravos. Durante o episódio, foram divulgados áudios do proprietário da Bravos, que fazem graves acusações de favorecimento em licitações e manipulação de contratos públicos.

Após a exibição do áudio, os âncoras analisaram o que havia sido denunciado, com José Antônio Arantes destacando a seriedade das revelações e sugerindo que o áudio fosse encaminhado ao Ministério Público. “Eu acho que inclusive fica uma sugestão, já que esse áudio vai ser entregue para o presidente da CEI, Marcio Iquegame. Obviamente, isso tem que ser encaminhado pro Ministério Público,” disse Arantes.

EMPRESA FOI USADA
POR CINCO ANOS
COMO “CABIDÃO DE EMPREGOS”

Rafael, proprietário da Bravos, detalhou como sua empresa foi usada pela administração para contratar funcionários que eram registrados em sua própria empresa, ou dentro do contrato da prefeitura, mas por indicações escusas, operando como um “cabidão de empregos”. Ele afirmou que seguia todas as ordens, “contratava todo mundo,” e que a Bravos era uma intermediária para essas contratações.

Segundo o jornalista, advogado e filósofo, um dos pontos mais graves das acusações é o suposto favorecimento da empresa que seria ou teria ligação com o atual presidente da câmara, o sargento Barreira. No áudio, Rafael explicou que, apesar de sua empresa ter sido desclassificada, a de Barreira, que inicialmente estava em oitavo lugar, foi favorecida. “Desclassificaram sete empresas inclusive a que estava comigo para contratar o Barreira,” disse Rafael, sugerindo manipulação no processo licitatório.

PREEITURA NÃO PAGOU BRAVOS
PARA QUE ELA FALISSE
E BARREIRA GANHASSE A LICITAÇÃO

Os âncoras também mencionaram a figura do assessor direto do prefeito de nome Paulo, descrito como “gestor” da empresa terceirizada, que teria grande influência nas contratações, como um dos pontos importantes. Rafael mencionou que a contratação de Alessandra Bueno foi resultado de “ingerência política,” prática considerada imoral e até ilegal.

Além disso, Arantes ponderou que Rafael afirmou que a prefeitura não pagou pelos serviços prestados pela Bravos, levando a empresa a uma situação financeira precária para cumprir um fim político que era direcionar a licitação para a empresa que, segundo Rafael, tinha ligação com o presidente da Câmara.

Rafael, no áudio, contou que foram aplicadas penalidades para impedir a participação da Bravos em novas licitações. “A Bravos não tinha como pagar trezentos funcionários sem receber, trezentas famílias que passaram necessidade, tudo para favorecer a empresa do presidente da Câmara,” lamentou Rafael.

DESVIO LEGALIZADO?

Arantes e Bruna também mencionaram comentários de ouvintes durante a transmissão, que reforçaram as denúncias de irregularidades e expressaram indignação com a situação. “Terceirização nada mais é que um desvio legalizado,” disse um dos ouvintes. Já Felipe Zacarias chamou a situação de “Máfia da Licitação” e pediu a intervenção da Polícia Federal.

O episódio do podcast concluiu com um chamado à justiça, reforçando a necessidade de uma investigação aprofundada e a tomada de providências. “A população merece ter isso passado a limpo,” finalizou Arantes.

DETALHES DAS ACUSAÇÕES

Favorecimento em Licitações: Rafael alegou que sua empresa foi desclassificada de uma licitação para favorecer a empresa do sargento Barreira. Segundo ele, houve desclassificações de outras empresas por motivos triviais para garantir que Barreira ganhasse o contrato.

Interferência Política: Rafael mencionou que as contratações na Bravos eram influenciadas politicamente, com ordens diretas de figuras como o assessor Paulo. A contratação de Alessandra Bueno ex-vereadora cassada foi um exemplo citado de “ingerência política”, ou seja, uma forma de calar a boca dela na internet.

Retenção de Pagamentos: A Bravos teria enfrentado dificuldades financeiras devido à retenção de pagamentos pela prefeitura. Rafael afirmou que isso foi uma estratégia para favorecer a empresa de Barreira e prejudicar a Bravos, que, segundo um advogado pode ser considerada apropriação indébita e enriquecimento ilícito.

Manipulação de Contratos: Rafael acusou a administração de manipular contratos e aplicar penalidades para impedir que a Bravos participasse de novas licitações, afetando diretamente a empresa e seus funcionários.

REAÇÕES E COMENTÁRIOS

Os âncoras sugeriram que o áudio e outras evidências sejam encaminhados ao Ministério Público para uma investigação completa. “Eu vou sugerir ao Marcio, inclusive, que encaminhe esse áudio e tudo que ele tiver na CEI, para o Ministério Público, para que se tome uma providência,” disse Arantes. Eles também abriram espaço para que as partes envolvidas apresentem suas versões dos fatos.

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