Além da quantidade abaixo da média histórica dos últimos 23 anos, também a má distribuição do volume de chuvas registrada durante o mês de fevereiro, deve gerar prejuízos para a agricultura local, ao menos para quem plantou milho e sorgo na tentativa de aproveitar as chuvas de janeiro. No mês de fevereiro, segundo a Casa de Agricultura, choveu apenas 237,4 milímetros, contra a média de em torno de 270 dos últimos 23 anos. A previsão é do agrônomo Manoel Décio Travaini, engenheiro chefe da Casa de Agricultura de Olímpia. "De janeiro para cá quem plantou vai perder porque a planta não desenvolve. E quem plantou agora prejudica a germinação. Pode haver uma redução de produção para essas culturas (milho e sorgo), mas não dá para prever quanto", explicou.

De acordo com Travaini isto está previsto para quem plantou o milho da qualidade safrinha ou sorgo, tanto para a produção de grãos, quanto para a silagem que é utilizada para tratamento de animais. "Vai prejudicar a germinação ou desenvolvimento da planta", reforçou. Mas para quem plantou cana-de-açúcar por enquanto não atrapalha: "porque o sulco feito na terra é profundo. Mas se por acaso persistir a estiagem pode prejudicar o plantio de cana também. As outras culturas não são afetadas por enquanto", explicou o agrônomo. Até o dia oito de março, quarta-feira da semana passada, a Casa de Agricultura já tinha permanecido o período de 18 dias sem registrar pelo menos pequenos volumes de chuva.

Do dia oito de março para cá, embora com a movimentação climática verificada, apenas pequenos volumes foram verificados, tendo chovido mais intensamente apenas na quinta-feira (15) desta semana. "Seria ideal que voltasse a chover o mais rápido possível e serem melhor distribuídas (chuvas) durante todo o mês", avisou.