10 de setembro | 2017
Advogados de Brasília entram com Habeas no TJ para libertar Euripinho
Dois advogados de Brasília, Fabrício Rangel da Silva e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira, da Oliveira e Rangel advogados Associados, impetraram na última quarta-feira, junto ao TJ – Tribunal de Justiça de São Paulo, um Habeas Corpus com pedido de liminar, requerendo a liberdade do corretor de imóveis Eurípedes Augusto de Melo (foto), acusado de ser um dos principais responsáveis pelo tiroteio que aconteceu no centro da cidade em 11 de julho deste ano, na rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, quando três pessoas ficaram feridas e uma acabou morrendo.
O relator da 3.ª Câmara de Direito Criminal, Toloza Neto, no entanto, já rejeitou a liminar e pediu informações sobre o caso ao juízo local.
O desembargador, sobre os fatos assim se manifestou: “Trata-se de “Habeas Corpus” impetrado por Fabrício Rangel da Silva e Luiz Paulo Gonçalves de Oliveira a favor do paciente Eurípedes Augusto de Mello, preso em flagrante delito por crimes de homicídio e associação criminosa, insurgindo-se contra despacho que converteu a prisão em flagrante em preventiva. Afirmam os impetrantes ser o paciente tecnicamente primário, além de não estar suficientemente fundamentado o despacho que converteu a prisão em flagrante delito em preventiva, sendo que a manutenção de sua custódia vem acarretando a ele grave constrangimento ilegal. Requerem, assim, a concessão de medida liminar”.
E decidiu: “Não se verifica, de plano, constrangimento ilegal, nem a evidência do “fumus boni juris” (fumaça do bom direito) e do “periculum in mora” (perigo da demora) que autorizariam a concessão de medida liminar. Assim, INDEFIRO a liminar, cabendo à d. Turma Julgadora analisar e decidir sobre a matéria, de maneira plena”.
O CASO
Como se recorda, o tiroteio na rua Senador Virgílio Alves, centro, foi deflagrado quando dois cobradores de Rio Preto, contratados pelo advogado Antônio Luiz Pimenta Laraia, olimpiense que atualmente reside naquela cidade, foram cobrar uma dívida de R$ 350 mil do corretor de imóveis, Eurípedes Augusto de Melo que reside naquela rua.
Houve, então, desentendimento com funcionários de Euripinho e o bangue-bangue ocorreu em plena manhã e em meio a veículos e pedestres, causando a morte de um dos cobradores, Leandro Ribas, ex-policial, e ferimentos em outras pessoas.
Euripinho, e seus funcionários Elton Albertino, vulgo “Nuguete”, Paulo Sérgio Vieira e Laércio Marques, vulgo Laércio Peão, estão presos preventivamente no CDP – Centro de Detenção Provisória de Icem.
Já o outro participante do tiroteio, que também seria ligado ao corretor de imóveis, Emerson Aniceu Teixeira, o “Nim Peão”, de 39 anos, encontra-se foragido deste o dia dos fatos, está com prisão preventiva decretada e é considerado foragido da polícia de Olímpia.
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