24 de setembro | 2023
A lei, o promotor ou o prefeito: Quem deu o golpe fatal no OFC?
GOLPES FATAIS!
A polêmica e os bastidores da morte anunciada do Olímpia Futebol Clube despejado do Teresa Breda. Jornalista José Antônio Arantes analisa a controvérsia.
No centro de uma crescente polêmica em Olímpia está o destino do Estádio Tereza Breda e o futuro do Olímpia Futebol Clube. O debate ganhou destaque nas redes sociais e na comunidade local, com muitas vozes expressando preocupação e incerteza sobre o que está por vir. No programa de rádio “Cidade em Destaque,” da Rádio Cidade de Olímpia, o jornalista José Antônio Arantes compartilhou sua perspectiva sobre o assunto, destacando pontos cruciais que merecem atenção.
A questão ganhou maior intensidade esta semana, quando a prefeitura veio a público apresentar nota de esclarecimento em razão da filha do ex-vereador Niquinha (já falecido) ter postado que a prefeitura poderia estar querendo privatizar o Estádio Maria Teresa Breda. Leia abaixo um resumo dos comentários do jornalista.
O debate começou com a falta de acesso à documentação relevante por parte da comunidade e da imprensa local. A ausência de informações claras contribuiu para a disseminação de boatos e manifestações de preocupação.
PROMOTOR ABRIU INQUÉRITO CIVIL?
O promotor, segundo a prefeitura, entrou em cena com um inquérito civil público, buscando que o prefeito tomasse uma posição específica em relação ao estádio. É importante lembrar que o papel do promotor é o de acusação, não de julgamento. A ação do promotor na interpretação da lei levanta questões sobre sua influência no destino do Olímpia Futebol Clube. No entanto, é crucial aguardar mais informações sobre o inquérito civil para compreender totalmente seu papel nesse contexto.
A CLÁUSULA NA DOAÇÃO
DO TERRENO PODE SER DECISIVA
Uma das questões-chave é se a cláusula presente no contrato de doação registrado no cartório local determina que o prédio seja de propriedade municipal ou seja destinado ao Olímpia Futebol Clube. A prefeitura afirmou em nota que sempre colaborou com o Olímpia Futebol Clube, mas a falta de detalhes sobre a cláusula de doação e mesmo sobre as manifestações do Ministério Público levanta dúvidas sobre as obrigações e direitos envolvidos.
Uma das principais fontes de descontentamento na comunidade é a falta de transparência por parte da prefeitura. A ausência de divulgação de informações relevantes e a dificuldade de acesso ao inquérito civil público geram desconfiança e alimentam boatos. A transparência é fundamental em questões que afetam a comunidade, e a falta dela só contribui para o clima de incerteza.
ABORDAGEM UNILATERAL
O Estádio Tereza Breda desempenha um papel crucial na sobrevivência do Olímpia Futebol Clube. Parcerias com outros grupos dependem da disponibilidade de um local adequado para treinamentos e jogos. O estádio oferece uma infraestrutura quase completa para o clube. A perda desse espaço poderia ter um impacto significativo nas operações do clube.
Em vez de adotar uma abordagem unilateral, como parece ter sido feito até agora, é fundamental explorar soluções alternativas. Uma possibilidade seria a cessão do Estádio em comodato para o Olímpia Futebol Clube, com um acordo para que o clube cuide do local em troca de um valor simbólico. Essa abordagem poderia permitir que o clube continue suas atividades e seja autossuficiente.
MOMENTO POLÍTICO ATUAL
Além das considerações legais e práticas, também é importante considerar o contexto político em que essa controvérsia está ocorrendo. O momento político pode influenciar as decisões tomadas, e é fundamental que as ações sejam transparentes e bem fundamentadas, levando em consideração o impacto na comunidade.
A situação em torno do Estádio Tereza Breda e do Olímpia Futebol Clube é complexa e multifacetada. A falta de transparência, a influência do promotor e a incerteza em torno da cláusula de doação tornam essa questão particularmente desafiadora.
É crucial que todas as partes envolvidas, incluindo a prefeitura, o promotor, o Olímpia Futebol Clube e a comunidade, trabalhem juntas para encontrar uma solução que preserve a história e a importância do clube e do estádio para Olímpia.
SEM SAÍDA,
SEM ONDE TREINAR
E SEM PRA ONDE CORRER OU RECORRER
Enquanto isso, a população aguarda mais informações e clareza sobre o futuro dessa instituição. A verdade absoluta pode não existir, mas a busca por soluções justas e transparentes deve ser contínua.
E a moral da história é que de uma forma ou de outra, tudo leva a crer que o Olímpia FC vai acabar realmente. Pois qualquer saída que se dê daqui pra frente, não irá bastar para dar vida ao clube centenário.
A caótica situação financeira não permite nem que a agremiação recebe o imóvel em comodato, pois teria que arcar com a manutenção do Estádio que, calcula-se, ficaria em pelo menos R$ 20 mil por mês.
Com certeza, é possível afirmar que a Lei, o Ministério Público (se forem verdadeiras as manifestações da prefeitura), os vereadores e o prefeito Fernando Cunha deram o golpe fatal no Olímpia FC. As outras facadas foram dadas pela dívida quase impagável para uma entidade que vive do esporte. Lá tinha um time profissional. Adeus OFC!
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