26 de novembro | 2024

Uma história que bem poderia ser realidade!

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A saga original dos personagens foi repaginada, mas o eixo principal de “Vale Tudo” continuará sendo o mesmo abordado há 36 anos

Uma parte do elenco de “Vale Tudo” posou para um registro histórico: Belize Pombal, Karina Telles, Cauã Reymond, Renato Góes, Bella Campos, Humberto Carrão, Júlio Andrade, Luís Salem e Malu Galli / Daniela Toviansky-RG

Em “Vale Tudo”, a atriz Taís Araújo será Raquel Accioly, uma mulher destemida que não hesita diante dos desafios que a vida impõe, mas sem deixar de lado os seus valores morais / Manoella Mello-RG

O último trabalho de Débora Bloch em novelas foi em “No Rancho Fundo” e em breve ela retornará aos Estúdios Globo para fazer uma icônica personagem: Odete Roitman, no remake de “Vale Tudo” / Daniela Toviansky-RG

Cauã Reymond virá mais uma vez como protagonista na pele de César, o amante e cúmplice das “armações” praticadas por Maria de Fátima (Bella Campos). César não tem nenhum escrúpulo / Daniela Toviansky-RG

Entre os meses de maio de 1988 e janeiro de 1989, um dos assuntos mais comentados de um modo geral era a novela “Vale Tudo”, sendo que o bordão “Quem matou Odete Roitman” fará eternamente parte da história das novelas brasileiras. Originalmente escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e produzida sob a direção de Dennis Carvalho e Ricardo Waddington, a história de “Vale Tudo” foi construída principalmente sob os temas Ética e Honestidade. Tudo girou em torno desses dois eixos. E teve uma questão importante: a ausência do amor de uma filha e sua falta de caráter para com uma mãe zelosa. A filha sem caráter era Maria de Fátima, vivida por Glória Pires, e a mãe amorosa e ultra honesta, Raquel, interpretada por Regina Duarte. O embate entre as duas personagens mobilizou a opinião pública chegando a gerar ódio por Maria de Fátima. E o final apoteótico: o vilão Marco Aurélio, papel que foi de Reginaldo Faria, conseguindo fugir ileso levando consigo a fortuna que conseguiu mediante falcatruas, sendo que a cena finalizada mostrando o personagem “dando uma banana” para o Brasil. E embalada pela música “Brasil”, composta por Cazuza e interpretada por Gal Costa, que foi tema de abertura e tema de encerramento do enredo.

Os seguidores de folhetins jamais se esqueceram dessa novela. E agora terão a oportunidade de relembrar; para aqueles que não conhecem a saga fictícia que muito se parece com a realidade atual poderão conferir um enredo interessante.

A história original foi repaginada pela autora Manuela Dias e a direção artística é de Paulo Silvestrini. A intenção é conduzir o público a uma jornada emocionante e moderna sobre caráter, ética e honestidade, os eixos que movem a trama, assim como há 36 anos. Prevista para estrear em 2025, como parte da celebração dos 60 anos da Globo, a obra vai trazer para a atualidade um dos maiores títulos da teledramaturgia brasileira.

A escalação do elenco tem sido muito aguardada e já foram confirmados alguns nomes. Um dos mais esperados: a atriz Débora Bloch interpretará a vilã Odete Roitman. E seguindo, outros nomes são Bella Campos, como Maria de Fátima; Humberto Carrão, como Afonso; Cauã Reymond, como César; Renato Góes, como Ivan; Julio Andrade, como Rubinho; Belize Pombal, como Consuêlo; Karine Teles, como Aldeíde; Luis Mello, como Bartolomeu, Edvana Carvalho, como Eunice; Ramille, como Fernanda, Malu Galli, como Celina, e Luis Salem, como Eugênio.  E mais, Taís Araújo aparecerá como Raquel, e Alexandre Nero interpretará o vilão Marco Aurélio.

O remake de “Vale Tudo” gira em torno do conflito entre mãe e filha, Raquel (Taís Araujo) e Maria de Fátima (Bella Campos), sobre se é possível ou não ser muito bem-sucedido e, ao mesmo tempo, honesto no Brasil. O embate entre elas vai mobilizar todos os núcleos da trama, provocando enfrentamentos éticos, histórias de amor e encontro de mundos diferentes que habitam uma mesma cidade, o Rio de Janeiro. A história ganha atualizações na estética, na abordagem de temas e em desdobramentos da trama: o clássico bordão “Quem matou Odete Roitman?” promete novo frisson com a possibilidade de um desfecho diferente em 2025.

“Nossa versão dessa história icônica se conecta com o Brasil de hoje e, nesse sentido, oferece muitas oportunidades para o público se conectar. Estamos fazendo uma ‘atualização vintage’. Quem viu a novela vai se deliciar com um farto ‘fan service’ e, ao mesmo tempo, se surpreender com a nova narrativa. Os que não assistiram à primeira versão vão ter contato com a potência dessa obra, fenômeno da dramaturgia brasileira completamente ancorada nos dias de hoje – nas tecnologias, questões éticas e conceitos atuais”, adianta a autora Manuela Dias.

Na trama, de um lado, a mania de grandeza de Maria de Fátima torna a pacata Foz do Iguaçu, no Paraná, pequena para sua ambição. Do outro, sua mãe, Raquel, uma mulher forte, batalhadora, que preza pela honestidade acima de tudo. Maria de Fátima não vê a hora de ter uma vida de influencer, tal qual as celebridades que acompanha na internet, e abandonar tudo o que lembre a sua detestável vida. E ela não vai medir as consequências para chegar aonde quer: com a morte do avô, vê na venda da herança a oportunidade de se mudar para o Rio de Janeiro e seguir com seu plano, nem que isso signifique enganar e deixar a mãe para trás.

Acontecendo na cidade do Rio de Janeiro, a trama ganha novos e importantes personagens, como a icônica vilã Odete Roitman (Debora Bloch), nesse embate ético sobre ser ou não ser honesto, que conduz toda a narrativa e convida o público a refletir, vibrar e se emocionar. “Grandes histórias merecem ser recontadas, grandes personagens merecem ser relidos por novos intérpretes, novos olhares e percepções. É uma novela sempre nova, viva, envolvente e apaixonante”, conta o diretor artístico Paulo Silvestrini.

Não é segredo que a Globo está apostando muitas fichas para garantir o sucesso do remake, já que as novelas não têm proporcionado os índices de audiência desejados pela cúpula da emissora. E tem ainda a pretensão de comemorar os seus marcantes 60 anos de existência em grandíssimo estilo. Daí a ideia de recontar um dos seus clássicos. Se a “Vale Tudo” atual conseguirá o mesmo sucesso da versão original, só o tempo dirá. Na época, o Ibope registrou a média de 61 pontos, sendo que o capítulo no qual  Odete Roitman foi assassinada deu 81 pontos. Uma façanha! Ainda não tem data de estreia definida.

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