05 de junho | 2023

Três vezes Tony Ramos

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Ator do primeiro escalão da Globo atualmente pode ser visto em “Terra e Paixão”, “Encantado’s” e “Mulheres Apaixonadas”

 

Em “Terra e Paixão” Tony Ramos vive o poderoso e ambicioso Antônio La Selva / João Miguel Jr-RG

Já em “Encantado’s”, série do Globoplay que agora está sendo exibida semanalmente na telinha da Globo, o ator interpreta o personagem Madurão / João Miguel Jr-RG

Fotografia de 2013, época na qual interpretou o músico Téo em “Mulheres Apaixonadas”, sucesso de Manoel Carlos que está sendo reexibida nas tardes da Globo, no “Vale a Pena Ver de Novo / Renato Rocha Miranda-RG

Profissional, Tony Ramos costuma dizer que não rejeita nenhum trabalho e é digno de nota que todos os seus personagens foram interpretados com maestria / Paulo Belote-RG

Tony Ramos é um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. Com mais de 50 anos de carreira, o seu trabalho confunde-se com a história da televisão / Paulo Belote-RG

Tony Ramos continua firme e forte contratado da Globo e, para a alegria dos fãs, ele pode ser visto pelo menos em três produções que estão no ar.

No horário nobre, o veterano ator vive o poderoso Antônio La Selva, personagem de “Terra e Paixão”. Tem também o Madurão, de “Encantado’s”, série original Globoplay que agora também pode ser conferida semanalmente na telinha da Globo; e desde a última segunda-feira o telespectador está podendo relembrar um de seus principais personagens, o Téo de “Mulheres Apaixonadas”, novela de 2013 que voltou no “Vale a Pena Ver de Novo”. Sobre ter atuado nesta novela, Tony Ramos relembra a alegria de ter feito parte do elenco: “Há momentos muito dramáticos e momentos de bom humor; havia muita boa música também. São as melhores lembranças”, comenta sobre “Mulheres Apaixonadas”.

Falando da vida real, nascido Antônio de Carvalho Barbosa, em Arapongas no Estado do Paraná, em 25 de agosto de 1948, Tony Ramos é um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira; ele construiu uma carreira sólida e impõe respeito mesmo que não diga uma só palavra.

Analisando o meio artístico, ele figura no rol daqueles que mantém um longo relacionamento com a mesma pessoa, Tony Ramos é casado desde o ano de 1969 com Lidiane Barbosa, o casal tem dois filhos e netos.

O ator e sua família sempre cultivaram hábitos simples e fizeram questão de manter a vida pessoal bem longe dos holofotes. No ambiente de trabalho ele é considerado um colega leal, sempre de bem com a vida e disposto a colaborar com os companheiros de elenco e produção.

Definitivamente, Tony Ramos é incansável. Ele costuma dizer que não descarta nenhum personagem e que o seu ofício é mesmo representar,

Tony Ramos manifestou seu lado artístico ainda na adolescência, tanto que sua estreia em novelas foi em 1965. Sem dúvida, é um dos mais importantes atores nacionais, ele alcançou a fama principalmente por seu trabalho em telenovelas. O nome americanizado, Tony, era um costume da época em que estreou na carreira artística, e Ramos é o sobrenome de um parente.

Quando criança, sua família mudou-se para São Paulo e a vontade de ser ator surgiu ainda na infância, quando assistia aos filmes de Oscarito e desejava ser como ele. Aos 14 anos, fez sua estreia na televisão, atuando em esquetes no programa “Novos em Foco”, na extinta TV Tupi.

Ainda nessa emissora, fez sua primeira novela, “A Outra”, de Walter George Durst. Aos 16 anos, participou da dupla musical “Tony & Tom”, que chegou a se apresentar no programa “Jovem Guarda”. Vale lembrar ainda sua atuação em “Vitória Bonelli”, uma das últimas novelas exibidas pela TV Tupi.

No ano de 1977, transferiu-se para a Rede Globo, emissora na consolidou uma carreira de sucesso, tendo estreado em “Espelho Mágico”. Passou, então, a morar no Rio de Janeiro. Dentre seus memoráveis personagens, encontram-se: o filho de Dona Santa em “Nino, o Italianinho” (1969); André Cajarana, que lutava para provar a inocência do pai, em “Pai Herói” (1979); Tom, contracenando com Sônia Braga, em “Chega Mais” (1980); os gêmeos João Victor e Quinzinho, de “Baila Comigo” (1981); Riobaldo, o jagunço que se apaixona por Diadorim, interpretada por Bruna Lombardi, em “Grande Sertão: Veredas” (1985), minissérie adaptada da obra de Guimarães Rosa; Tonico, um tipo amoral, em “Bebê a Bordo” (1988); José Clementino, um dos poucos personagens que fogem à linha de “bom moço” na carreira de Tony, em “Torre de Babel” (1998); Miguel, o livreiro romântico, espetacularmente contracenando com Vera Fischer, em “Laços de Família” (2000); Manolo, outro personagem que fugiu um pouco do seu estilo em “As Filhas da Mãe”, protagonizando cenas “calientes” com Cláudia Ohana; o Theo, em “Mulheres Apaixonadas” (2003); o Coronel Boanerges, em “Cabocla” (2004); o mulherengo Antenor Cavalcanti, em “Paraíso Tropical”; o indiano Opash, em “Caminho das Índias”, contracenando memoravelmente com Eliane Giardini, Laura Cardoso e Lima Duarte; o Antônio “Totó” Mattoli, em “Passione”, e memoravelmente o Otávio “Bimbinho” Rodrigues no remake de “A Guerra dos Sexos”, entre muitos outros personagens no qual se destacou em novelas, séries e programas.

Tony Ramos conquistou o prêmio de Melhor Ator da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) por sua atuação como José Clementino, de “Torre de Babel”, personagem polêmico, que iniciou a história preso, por ter assassinado a mulher ao descobrir que ela o traía, e depois se regenerou ao lado de um novo amor, Clara, interpretada por Maitê Proença. Além disso, pelo mesmo papel, foi eleito o Melhor Ator de 1998 segundo a pesquisa InformEstado.

No cinema estreou em 1968, no filme “O Pequeno Mundo de Marcos”. Foram vários trabalhos na telona conquistando o prêmio de Melhor Ator no Festival de Gramado por seu trabalho em “Bufo & Spallanzani” e no “Se Eu Fosse Você” e “Se Eu Fosse Você 2”. Seu filme mais recente é de 2021, no longa “45 no Segundo Tempo”.

Esta é a trajetória de um ator de sucesso, um homem bem-sucedido na vida pessoal também. Como já é do seu comportamento, Tony costuma atender a todos, sem exceção, tira fotos e dá autógrafos, com calma e educação. Esse é o verdadeiro artista, aquele que reconhece que sem o público, não sobrevive.

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