04 de maio | 2023

Tratado da Pessoa Idosa

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Eu Confiei Nele

Relatos reais de vítimas do “golpe do amor” serviram como base para a ficção “Eu Confiei Nele: Um Perverso Golpe Virtual do Amor e a Superação Impulsionada Por um Sonho Audaz”, de Ana Cristina Ribeiro Alves. Tendo trabalhado com casos semelhantes no Ministério Público do Estado de Minas Gerais como especialista em Direito Público e Direito Privado, ela percebeu que poderia auxiliar sobreviventes desse crime por meio da literatura. No processo de idealização da obra, Ana descobriu que esse tipo de estelionato era ainda mais comum, e, inclusive, tinha acontecido com uma amiga. Na maioria das vezes, os eventos seguiam certos padrões: um perfil fingia ser um famoso nas redes sociais, induzia pessoas, muitas em situação de vulnerabilidade, a manter um falso relacionamento à distância e tirava dinheiro delas. Quando as vítimas percebiam que haviam sido enganadas, sentiam-se envergonhadas e passavam a compartilhar as dores com desconhecidos na Internet. No enredo, Karen acredita estar vivendo em relacionamento amoroso com o ator Michael Vienna. A protagonista é uma trabalhadora comum, que está em um momento frágil devido às consequências da pandemia e à perda de uma pessoa próxima. Envolvida em uma série de circunstâncias que a fragilizam, ela se dispõe a pagar valores altos para encontrar o ídolo presencialmente, sem saber que tudo não passa de uma mentira. Além de contribuir para que o leitor possa identificar os sinais do crime e para posicionar sobre o estado emocional das vítimas, antes e depois do golpe, Ana Cristina também traz uma visão otimista para o enfrentamento do trauma. A necessidade de comunicar-se, dedicar-se a um novo aprendizado e reconhecer que a vida, apesar das mazelas, vale a pena ser vivida, são as mensagens por trás dessa emocionante história. Com 156 páginas, o livro é um lançamento da Editora Clube de Autores.

 

Voyeur – Omissão Fatal

Passar horas distraído com a última fofoca do mundo das celebridades. Discutir com amigos sobre os mais novos acontecimentos do “Big Brother” ou de um reality show da Netflix. Quem nunca? Ainda mais no Brasil, onde mais de 70% da população está nas redes sociais. O país também tem o maior número de influenciadores do mundo, alcançando a marca de 500 mil, segundo a Nielsen. Enquanto pesquisadores e acadêmicos analisam o cenário nacional, o escritor Luiz Estevam Gonzalez adapta essa conjuntura para a ficção por meio da trilogia “Voyeur”, que chega ao segundo volume com o lançamento de “Omissão Fatal”. Nesta saga, o autor conta a história de um homem que sente atração ao observar a intimidade alheia com objetivo de questionar se a sociedade está mesmo distante das práticas do voyeurismo. O próprio protagonista Celso Henrique atesta que todos são voyeuristas, o que muda é a intensidade. No enredo, o personagem principal é um jovem rico que fundou o CH Motel para assistir à vida de seus clientes. Essa violação também está próxima do cotidiano: recentes casos de câmeras escondidas em hospedagens foram investigados no Brasil; já na Coreia do Sul, 6 mil ocorrências de gravações não autorizadas são registradas anualmente segundo levantamento da ONG Human Rights Watch (HRW). Com “Voyeur – Omissão Fatal”, o autor lança um olhar para situações que se escondem por trás da esfera íntima, mas que podem prejudicar milhares de pessoas. Ao tratar da história fictícia, ele problematiza o debate ao inserir na trama um homem envolvido em uma série de crimes e que precisará combater o tráfico de crianças. Luiz Estevam Gonzalez coloca lentes de aumento em circunstâncias que os leitores poderiam preferir acreditar que não existem, como a invasão de privacidade e a exploração sexual infantil.

 

Tratado da Pessoa Idosa

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o ano de 2050 o número de idosos triplicará e passará dos atuais 400 milhões de pessoas para 1.2 bilhões em nível mundial. A entidade também afirma que pelo menos 142 milhões pessoas com mais de 60 anos não conseguem ter suas necessidades básicas atendidas ao redor do globo. Para alcançar as metas de maior proteção à pessoa idosa desejadas pela OMS são necessários estudos interdisciplinares, como os apresentados no livro “Tratado da Pessoa Idosa”, lançamento da Editora Almedina Brasil, que reúne pesquisas realizadas na Argentina, Brasil, México, Peru e Portugal. Considerada valiosa em algumas culturas e um fardo para outras, essa grande parcela da população vivencia diferentes experiências de longevidade ao redor do mundo. Analisar a presença delas em sociedade, seus anseios, direitos e perspectivas vai além do que prevê o Estatuto do Idoso. Nesse sentido, a obra coletiva bilíngue, escrita em português e espanhol, apresenta debates em nível internacional sobre o envelhecimento saudável e funcional, que incluem qualidade de vida e habitação, saúde sexual e o respeito ao declínio físico, psíquico e social do idoso. Também engloba a importância da estimulação cognitiva, o dever estatal de atendimento às necessidades básicas das pessoas que passaram dos 60 anos e aspectos da previdência social. Coordenado pela pós-doutora em Direito da Bioética Regina Beatriz Tavares da Silva, pela advogada familiarista Kátia Boulos, e pela professora de Direito Romano Maria José Bravo Bosch, o livro apresenta o intercâmbio de experiências sobre tutela da pessoa idosa entre vários países. O estudo dedica diversos capítulos ao tema que reflete uma preocupação mundial: a segurança do idoso, abordando o papel das políticas públicas na proteção e projeção da maturidade, o papel do Ministério Público na tutela dos direitos da pessoa com mais de 60 anos, um estudo sobre o sistema protetivo ao idoso no Brasil e trata, também, da vulnerabilidade do consumidor idoso e a necessidade de proteção especial. O livro tem 624 páginas.

 

Super-Resiliente

“Nossa história pessoal demonstra que cada um de nós guarda dentro de si as habilidades para alcançar a resiliência”. A afirmação do mentor de produtividade pessoal e gestão de negócios, Jacques Giraud Herrera é a premissa do livro “Super-Resiliente”. Neste lançamento da DVS Editora, o especialista revela como transformou trágicas experiências pessoais em oportunidades. O autor não apenas relata todos os acontecimentos de sua queda e ascensão, que são intrigantes e despertam grande interesse, como também elabora um manual para recuperação de situações como as que passou, e outras, capazes de abater qualquer ser humano. Primeiro, veio a perda do pai em um protesto na Venezuela, morto a tiros no evento chamado de “O Massacre de Altamira”. Herrera reconheceu o corpo pela televisão, por causa do relógio que o progenitor usava há décadas. Inesperadamente, muitas pessoas – familiares e amigos –, que foram um ponto de referência para o mentor, também partiram. Mas, um acontecimento mudou toda a sua vida de forma surpreendente. Perseguido pelo governo de Hugo Chávez e acusado injustamente, ele deixou o país em 2010 apenas com uma mochila de roupas, foi exilado e agora vive nos Estados Unidos. Para quem se pergunta como ser resiliente diante de tantas perdas e calamidades, e se a resiliência não é “paralisante”, especialmente quando se trata de negócios e carreira, a resposta, conforme o escritor, está na atitude. O especialista afirma que, independentemente da magnitude da perda ou da crise, é primordial estar preparado para identificar o momento ideal de se transformar em algo maior. Segundo Herrera, o que diferencia os verdadeiros líderes é a autocrítica, a capacidade de rever a própria conduta e corrigir seu curso, com honestidade, humildade e integridade. O livro aborda os principais atributos que operam na mente do indivíduo: flexibilidade, adaptabilidade e fortaleza, ensina a desenvolver as qualidades da pessoa resiliente e a lidar com maior maturidade e sabedoria diante dos obstáculos. Além disso, orienta os leitores a atravessar cada fase de um processo de perda. O mentor destaca que os apegos dificultam o desenvolvimento da resiliência e orienta sobre o quanto a observação consciente do problema permite a abertura de uma nova porta para a regeneração.

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