07 de janeiro | 2019

Psoríase não é uma simples alergia

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Psoríase, um nome tanto difícil que define uma doença autoimune. Doenças autoimunes são aquelas causadas pelo próprio organismo quando o sistema imunológico “entende errado” e ataca células saudáveis.

A psoríase causa lesão na pele, descamações e vermelhidão. Muito desconfortável para o paciente, mas não é transmissível. Estima-se que 2% da população mundial sofra com a doença; muitas vezes a doença é confundida com alergia.

Os médicos dermatologistas explicam que os sintomas são lesões na pele, descamações e vermelhidões. A psoríase é uma inflamação — os anticorpos começam a agredir os queratinócitos (célula produtora de queratina – proteína morta que reveste e forma o estrato córneo). Em resposta a essa agressão, os queratinócitos começam a se proliferar, multiplicando-se de maneira muito mais rápida e não ocorre o processo natural de descamação, por isso existe a formação das crostas. Então, acontece inicialmente a lesão inflamatória, pela dilatação dos vasos sanguíneos levando a uma mancha vermelha. E posteriormente, ainda em uma fase mais importante, há uma espécie de sangramento que ocorre com a remoção das crostas.

Os especialistas explicam que existe uma pré-disposição, na grande maioria das vezes, hereditária. Pode estar relacionada ao histórico familiar. No entanto, alguns “gatilhos” acionam o quadro agudo da doença, como fatores ambientais e principalmente o estresse, que é o principal deles.

A psoríase não tem cura porque sua origem é genética, no entanto ela pode ser controlada. 

Lembrando sempre que o tratamento varia para cada paciente, de modo geral são empregados substâncias altamente hidratantes, corticoides ou medicamentos à base de Vitamina D. Muitas vezes, o uso de medicamentos tópicos nas lesões e exposição ao sol são suficientes para desaparecerem os sintomas. Algumas vezes é preciso medicamentos orais e medidas que visam a redução do estresse e de outros fatores ambientais, além do tratamento tópico.

Quanto aos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, o tratamento com exposição à luz ultravioleta A, PUVAterapia, faz-se necessário. Esta modalidade terapêutica utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, os psoralenos (P), com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz. A sessão da PUVAterapia demora poucos minutos e a dose de UVA é aumentada gradualmente, dependendo do tipo de pele e da resposta individual de cada paciente ao tratamento. O tratamento também pode ser feito com UVB de banda larga ou estreita, com menores efeitos adversos, podendo inclusive ser indicado para gestantes. A fototerapia pode ser a PUVAterapia associada ou não a drogas, a medicação via oral, ou UV Narrowband que é a de banda estreita que hoje é o mais aceito, sendo inclusive utilizado justamente em crianças e em gestantes.

Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou injetáveis. Ficou com dúvidas? Procure já um médico!

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