03 de março | 2013

Prevenindo-se contra a hepatite

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A doença é considerada “silenciosa” e os portadores do vírus só percebem que estão doentes depois de algum tempo e isto dificulta o tratamento. Muitos morrem por causa da doença, que pode ser aguda ou crônica. Os especialistas em Saúde explicam que o mal tem diferentes origens; a transmissão do vírus pode acontecer através da ingestão de alimentos contaminados, através de relações sexuais ou através de uso de seringas ou transfusões de sangue.

As hepatites são inflamações no fígado que comprometem o funcionamento desse órgão, responsável pela digestão de gorduras, produção de certas proteínas e neutralização de substâncias tóxicas presentes no organismo.

As hepatites ocorrem por causas diversas. As mais comuns são as inflamações virais, dos tipos A, B, C, D ou E. O abuso de bebidas alcoólicas e outras substâncias tóxicas também pode levar à hepatite. As hepatites tipo B e C são as que mais preocupam as autoridades sanitárias, pois evoluem para quadros crônicos, podendo levar à cirrose e ao câncer de fígado. Em casos mais críticos, o doente necessita de transplante.

Na maioria dos casos, as pessoas que carregam o vírus somente são diagnosticadas quando desenvolvem as formas crônicas da doença e o fígado já está comprometido. Isso acontece porque nem sempre os portadores de hepatite B ou C apresentam os sintomas iniciais.

A hepatite viral é uma patologia considerada relativamente comum que leva a destruição das células hepáticas. Ela é causada por cinco tipos de vírus hepáticos diferentes (hepatite A, B, C, D, E e G), sendo alguns de maneira isolada e, outros, em combinação. Atualmente, existem vacinas apenas para as hepatites A e B e, apesar dos programas de vacinação e da triagem do sangue usado em transfusões, os vírus hepáticos diferentes (hepatite A, B e C) continuam a ameaçar a saúde de milhões de pessoas.

As hepatites virais estão tornando-se um importante e gravíssimo problema de saúde pública no Brasil e no mundo, com grande impacto pessoal, social e econômico. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B. No mundo, são cerca de 350 milhões de portadores crônicos da hepatite B e, aproximadamente, cerca de 300 milhões de portadores do vírus da hepatite C.

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) estima que 75% dos habitantes já tiveram contato com o vírus da hepatite A e que aproximadamente 20% da população teve contato com o vírus da hepatite B. Atualmente os casos crônicos de hepatite B e C devem corresponder a cerca de 1% a 3% da população brasileira, respectivamente.

A maioria das pessoas desconhece ser portadora e constitui-se em um elo importante na cadeia de transmissão do vírus das hepatites B e C. Os profissionais da área de Saúde das equipes de atenção básica têm papel relevante no diagnóstico e no acompanhamento das pessoas portadoras da doença. Para que possam exercer esse papel é necessário que as equipes estejam aptas a identificar os casos suspeitos, solicitar exames laboratoriais adequados e realizar encaminhamentos dos casos indicados aos serviços especializados de referência.

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