14 de abril | 2014

Prevenindo a infecção urinária

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É caracterizado pela presença de micro-organismos na urina, o que leva à inflamação das vias urinárias e, em casos mais graves, dos rins. A infecção pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos que se multiplicam ao redor da uretra e conseguem atingir a bexiga.

Os especialistas no assunto explicam que a maioria dos casos é decorrente de uma contaminação ascendente, via uretral – sobretudo nas mulheres – por bactérias que normalmente colonizam a região do períneo e que fazem parte da flora intestinal habitual. Em alguns casos, as causas estão associadas à disseminação hematogênica, ou seja pelo sangue,  principalmente em recém-nascidos ou são associadas ao uso de sondas vesicais durante a internação hospitalar. Entretanto, as mulheres são as que mais sofrem com a infecção urinária. Sabe-se que cerca de dois terços das mulheres experimentam, no mínimo, um episódio na vida, 23% dessas pacientes têm dois episódios e 5% têm recorrências. Cada episódio causa cerca de seis dias de sintomatologia e dois a três dias de comprometimento das suas atividades.

Isso acontece porque as mulheres possuem uma uretra mais curta e, além disso, sua posição anatômica facilita a contaminação durante a relação sexual, por exemplo. Homens normalmente só apresentam ITU se a infecção apresentar origem hematogênica, ou seja, estiver associada ao uso de sonda vesical ou se o indivíduo apresentar alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário inferior.

A infecção urinária bacteriana não é contagiosa e também não pode ser transmitida entre indivíduos. A contaminação depende basicamente do organismo de cada pessoa. Existem mulheres com predisposição genética à infecção urinária por possuírem receptores de membrana celular compatíveis com as cepas de adesão bacteriana. Indivíduos que já possuem diabetes ou que fazem o uso de sondas estão mais propensos a contrair a doença.

Os principais sintomas são ardor ao urinar, vontade de ir ao banheiro com frequência e sangramento urinário. O paciente ainda pode apresentar, ou não, febre associada . Para diagnosticar a infecção urinária é necessária a realização de um exame de cultura de urina. No entanto, o seu resultado demora alguns dias.

Para que não se aguarde tanto para iniciar o tratamento, via de regra um exame mais simples, e de resultado mais rápido, é utilizado: o Urina tipo 1. Porém, é importante frizar que as alterações observadas neste exame são inflamatórias e inespecíficas e que o diagnóstico de certeza necessita da cultura.

O tratamento deve ser indicado pelo médico após confirmação diagnóstica. As infecções urinárias simples, no caso da cistite, normalmente são tratadas em três dias com antibióticos específicos. A presença de sintomas mais sérios (febre, confusão, náuseas, vômitos etc.) é um sinal de que as bactérias se espalharam para a corrente sanguínea e, neste caso, pode ser necessário internar o paciente para tratamento endovenoso. Neste caso, o tratamento é mais prolongado, de pelo menos 7 dias, podendo ser necessário o seu prolongamento em até 21 dias. É muito importante que o tempo de tratamento seja respeitado e seguido, mesmo após o desaparecimento dos sintomas.

De uma maneira geral, pacientes com predisposição individual ou com alterações anatômicas ou funcionais do trato urinário, devem ingerir cerca de um litro e meio a dois litros de água por dia. As mulheres podem prevenir a doença tratando de infecções ginecológicas prontamente e com a higiene adequada da região íntima, sobretudo, na hora de usar o papel higiênico. As mulheres devem fazer movimentos de frente para trás, prevenindo a contaminação da uretra por bactérias intestinais.

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