30 de setembro | 2012

Preservando a água do planeta

Compartilhe:

O Brasil tem uma das maiores reservas de água doce do mundo,  mas distribui de forma desigual seus recursos hídricos. Mesmo em regiões com fontes de água, o abastecimento está ameaçado devido ao desperdício, à poluição e à ocupação irregular do solo, entre outros fatores.

Dados do IBGE mostram que 18% dos lares brasileiros não dispõem de rede de abastecimento de água e 31,9% deles nem sequer estão ligados à rede coletora de esgoto.

São desafios que o Brasil só conseguirá vencer se, além da ação do poder público para o desenvolvimento social e a defesa de seus recursos hídricos, puder contar com a participação de cada cidadão.

Falta de saneamento, poluição industrial, ocupação desordenada do solo, desmatamento, uso excessivo de agrotóxicos e desperdício são os maiores inimigos das reservas hídricas do país. A ausência de leis mais rígidas e a falta de fiscalização são apontadas por ecologistas como as responsáveis pelo grande número de crimes ambientais.

Mais da metade do esgoto produzido no Brasil não recebe tratamento e despejada diretamente em rios, mares, lagos e mananciais, comprometendo o abastecimento e a saúde da população. A falta de tratamento dos dejetos industriais e o uso crescente de agrotóxicos contaminam o solo, os rios e o lençol freático.

Já o desmatamento e a ocupação desenfreada comprometem os mananciais (nascentes e fontes originadas dos lençóis subterrâneos). A inexistência de cobertura vegetal provoca erosão, enquanto o lixo e o esgoto poluem.

A preservação dos recursos hídricos passa pelo manejo responsável de todo o ecossistema. E essa consciência deve começar dentro de casa.

A partir da Constituição de 1988, o Brasil redefiniu as políticas públicas relacionadas ao uso e à preservação dos recursos hídricos. Em 1997 entrou em vigor a Lei nº 9.433, estabelecendo que a água é um bem de domínio público e que se trata de um recurso natural limitado, dotado de valor econômico.

Para assegurar a disponibilidade de água para todos, e seu uso racional, a legislação prevê punições aos que utilizarem recursos hídricos sem permissão, incluindo perfuração de poços para extração de água subterrânea.

Dicas para o consumo racional da água

– Ao lavar a louça, desligue a torneira enquanto ensaboa o que será lavado

– Molhe as plantas usando o regador e utilize matéria vegetal para reduzir a evaporação

– Não use o vaso sanitário como lixeira ou cinzeiro e nunca acione a descarga à toa, pois ela gasta até 40 litros de água

– Conserte os vazamentos e verifique hidrômetros, caixas d’água e registros. O vazamento de apenas uma gota por segundo desperdiça cerca de 10 mil litros por ano

– Evite banhos demorados. Um banho de 20 minutos consome 120 litros de água. Não lave roupa no chuveiro

– Não escove dentes ou faça a barba com a torneira aberta

– Invista em torneiras e válvulas automáticas, bacias sanitárias com caixa, registros controladores de vazão e arejadores para torneiras. Os equipamentos podem economizar de 20% a 50% de consumo de água

– Deixe as roupas de molho para remover a sujeira mais pesada e reutilize essa água. Use a máquina de lavar roupa quando estiver cheia, economizando água e energia

– Cubra a piscina. Exposta ao sol e ao vento ela pode perder água por evaporação. Quando coberta, a perda é reduzida em 90%.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas