06 de março | 2017

Palácio de Schönbrunn: cenário de um conto de fadas

Compartilhe:

O Palácio de Schönbrunn foi classificado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade; em conjunto com os seus jardins e parques é tido como exemplo da síntese das artes / GB Imagem

Em 1918 era fundada a República da Áustria que se tornou proprietária do Palácio de Schönbrunn, que foi preservado como museu / GB Imagem

 

 

Em 2014 o Palácio de Schönbrunn, em Viena, foi cenário das primeiras cenas da novela global em “Em Família” e o telespectador pode conferir as belezas do local no qual viveu a Imperatriz Sissi e seu marido o Imperador Francisco José I, entre outros monarcas austríacos, sendo que a saga da Imperatriz Sissi foi tema de filmes e documentários.

O Palácio de Schönbrunn foi classificado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade; em conjunto com os seus jardins e parques é tido como exemplo da síntese das artes.

A história do Brasil também tem suas ligações com Schönbrunn já que, até o ano de 1817, a arquiduquesa D. Leopoldina de Habsburgo viveu no castelo e depois se casou com o nosso Imperador D. Pedro I, tornando-se a primeira imperatriz do Brasil e importante figura política na declaração de independência.

Há algum tempo, também foi o cenário escolhido pelo músico Andre Rieu para um megaconcerto ao ar livre, com a participação da "The Johnann Strauss Orchestra" e "The Platin Tenores", o qual se transformou num magnífico espetáculo registrado no DVD "André Rieu at Schönbrunn, Viena". Vale à pena conferir, não somente pela excelente música, mas também pelas cenas gravadas no castelo e seus anexos, incluindo a Gloriette, as ruínas romanas e os jardins franceses.

Mas, voltando ao início, afinal o assunto é o nosso roteiro de viagem; para se entender a importância do Palácio de Schönbrunn é preciso debruçar-se sobre a sua história. Tudo começou em 1569 quando Maximiliano II, então imperador do Império Sacro Romano, comprou Katterburg, onde atualmente está Schönbrunn e seus maravilhosos arredores. Nesta época, havia no local uma espécie de zoológico, que abrigava animais selvagens, e o imperador primou por sua manutenção e ainda criou um jardim com plantas raras e exóticas. Batizado de Schönbrunn, que significa "bela nascente", nascia assim o embrião do jardim que seria um dos mais cobiçados do mundo moderno. O nome é por causa de uma nascente que abasteceu de água várias gerações da realeza vienense.

Em 1696, Leopoldo I decidiu construir um novo palácio e três anos depois foram realizadas as primeiras festas inaugurais. O tempo foi passando e cada monarca que por ali passou foi deixando suas marcas. Uma das maiores foi a Imperatriz Maria Teresa da Áustria que reformou tudo em estilo Rococó.

No entanto, foi o Imperador Francisco José I quem mais se apegou ao local, passando ali a maior parte de sua vida. Ele foi o último governante influente da monarquia austríaca e morreu num dos quartos de Schönbrunn, em novembro de 1916. Dois anos depois, era fundada a República da Áustria que se tornou proprietária do local, que foi preservado como museu. Não pode deixar de ser lembrada a Imperatriz Sissi; casada com Francisco José, algumas alas do palácio foram reformadas de acordo com seu gosto pessoal. A imperatriz morreu assassinada em Genebra no ano de 1898.

Atualmente, o Palácio de Schönbrunn é aberto à visitação. Em seus grandes jardins está localizado um labirinto público. Um bilhete único permite a entrada no labirinto e no conjunto de puzzles exteriores que incluem também a visita a várias fontes existentes ali.

Os Jardins Franceses são uma atração à parte; o conjunto todo compreende ruínas romanas e um magnífico laranjal, luxo reservado somente aos muito poderosos por isso considerado motivo de orgulho aos monarcas que habitaram o palácio.

Não deixe de fotografar a Ruína de Cartago, uma fonte, réplica de um templo de Cartago em ruínas, após ter sido tomada pelos romanos. Ela faz uma referência às conquistas dos Habsburgo, que comandaram o Sacro Império Romano-Germânico, considerado o “sucessor legítimo” do Império Romano.

Bem no alto do parque está a Gloriette, uma arquitetura em estilo Neoclássico de onde se tem uma vista maravilhosa do palácio e da cidade de Viena.

É bom lembrar que Viena não é apenas Schönbrunn; a cidade oferece aos visitantes um verdadeiro "banho de cultura", tudo regado à boa música e com uma gastronomia capaz de agradar a todos os paladares. Procure seu agente de viagens e programa uma excursão aos vários palácios da capital da Áustria.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas