26 de março | 2018

O livro Olive Kitteridge chegou nas livrarias

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A Mulher Entre Nós
Aos 37 anos, a recém-divorciada Vanessa está no fundo do poço. Deprimida, morando no apartamento de sua tia, ela não tem filhos, dinheiro ou amigos verdadeiros. Ao descobrir que Richard, seu rico e carismático ex-marido, está prestes a se casar de novo, algo dentro de Vanessa se quebra. A partir de agora, sua vida irá revolver em torno de uma única obsessão: impedir esse matrimônio. Custe o que custar. Na superfície, Nellie se parece com qualquer outra jovem bela e sonhadora que veio para Manhattan começar sua tão sonhada vida adulta. Mas a personalidade tranquila que ostenta é apenas uma fachada. Em sua mente, perdura um segredo que a fez fugir de sua cidade natal e que a impede de caminhar em paz quando está sozinha. Ao conhecer Richard – bem-sucedido, protetor, o homem dos sonhos – ela finalmente começa a sentir-se segura. Ele promete protegê-la de todos os males, para o resto de sua vida. Mas, de repente, ela começa a receber ligações misteriosas. Fotografias em seu quarto são movidas de lugar. O lenço que ela planejava usar em seu casamento desaparece. Alguém está perseguindo-a, alguém quer o seu mal. Mas quem? De Greer Hendricks e Sarah Pekkanen, o livro tem 352 páginas e é da Editora Paralela.

Até a Última Página
Sinônimo de excelência no jornalismo, inovação e modernidade, por muitas décadas o “Jornal do Brasil” foi a leitura diária de muitos brasileiros. O jornalista Cezar Motta entrevistou dezenas de pessoas e mergulhou fundo em uma extensa pesquisa documental para reconstituir a trajetória do “JB” desde a sua fundação, em abril de 1891, até o seu fim como jornal impresso, em 2010. O resultado é um livro fascinante, que aborda desde as relações do jornal com os governos civis e militares até o dia a dia da redação. Os eventos protagonizados por nomes do quilate de Alberto Dines, Elio Gaspari, Millôr Fernandes, Zózimo, Carlos Castello Branco, Amilcar de Castro, Carlos Lemos e Wilson Figueiredo, entre muitos outros, acabam por compor uma espécie de mosaico dos mais variados aspectos da sociedade brasileira durante quase um século. “Até a Última Página” é leitura indispensável para todos aqueles que desejam conhecer a ascensão e a queda de um dos jornais mais emblemáticos do país. Com 584 páginas, o livro é um lançamento da Editora Objetiva.

Olive Kitteridge
De uma franqueza quase rude, mas afetuosa à sua maneira, “Olive Kitteridge”, fascinante em toda a sua imperfeição, é a figura inesquecível em torno da qual gravitam as treze histórias que se entrelaçam e compõem este livro da mesma autora de “Meu Nome é Lucy Barton”. Na prosa precisa e elegante de Elizabeth Strout, o leitor conhecerá esta professora de Matemática aposentada da pequena Crosby, no litoral do Maine. Ao longo de quase trinta anos, acompanhamos sua trajetória: a passagem da maturidade à velhice, suas próprias agruras e os pequenos e grandes dramas que a cercam, assim como as vidas que se desenrolam ao seu redor e que ilustram a perfeição o drama humano, feito de desejo, desespero, ciúme, esperança e amor. O prazer de ler “Olive Kitteridge” vem de nossa identificação com personagens nem sempre admiráveis. Sem nenhum sentimentalismo, Elizabeth Strout nos mostra que tentar compreender as pessoas e se solidarizar com elas é sempre o melhor caminho. Com 356 páginas, o livro é um lançamento da Editora Companhia das Letras.

Em O Sol Na Cabeça
Em “O Sol na Cabeça”, Geovani Martins narra a infância e a adolescência de garotos para quem às angústias e dificuldades próprias da idade soma-se a violência de crescer no lado menos favorecido da “Cidade Partida”, o Rio de Janeiro das primeiras décadas do Século XXI. Em “Rolézim”, uma turma de adolescentes vai à praia no Verão de 2015, quando a PM fluminense, em nome do combate aos arrastões, fazia marcação cerrada aos meninos de favela que pretendessem chegar às areias da Zona Sul. Em “A História do Periquito e do Macaco”, assistimos às mudanças ocorridas na Rocinha após a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP. Situado em 2013, quando a maioria da classe média carioca ainda via a iniciativa do secretário de segurança José Beltrame como a panaceia contra todos os males, o conto mostra que, para a população sob o controle da polícia, o segundo “P” da sigla não era exatamente uma realidade. Em “Estação Padre Miguel”, cinco amigos se veem sob a mira dos fuzis dos traficantes locais. Nesses e nos outros contos, chama a atenção a capacidade narrativa do escritor, pintando com cores vivas personagens e ambientes sem nunca perder o suspense e o foco na ação. Na literatura brasileira contemporânea, que tantas vezes negligencia a trama em favor de supostas experimentações formais, “O Sol na Cabeça” surge como uma mais que bem-vinda novidade. Com 120 páginas, o livro é um lançamento da Editora Companhia das Letras.

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