31 de maio | 2023

“O Livro da Gratidão” – inspirações para agradecer

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A Vida Não é Útil

Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: “Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”. Para o líder indígena, “civilizar-se” não é um destino. Sua crítica se dirige aos “consumidores do planeta”, além de questionar a própria ideia de sustentabilidade, vista por alguns como panaceia. Se, em meio à terrível pandemia de Covid-19, sentimos que perdemos o chão sob nossos pés, as palavras de Krenak despontam como os “paraquedas coloridos” descritos em seu livro “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo”, que já vendeu mais de 50 mil cópias no Brasil e está sendo traduzido para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão. “A Vida Não é Útil” reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020. A pesquisa e organização

 

Esse Nosso Jeito Bélico de Viver

“Discordou?! É inimigo!”. Esse é o belicismo do dia a dia apresentado pela escritora carioca Karine Aragão, doutora em Literatura e Cultura Contemporânea, na obra “Esse Nosso Jeito Bélico de Viver”, publicada pela Lura Editoral. Leitura indispensável em tempos de intolerância e de transformações sociais que fragilizam a capacidade de escuta, o livro problematiza a dificuldade de estabelecer conexões e discute as possibilidades de reconfiguração do que se compreende como diálogo na realidade contemporânea. Segundo a autora, o “belicismo cotidiano” surge quando a discordância é interpretada como um confronto e a reação automática é eliminar do convívio a ameaça, “cancelá-la”. Tal ação exibe o lado mais impassível do ser humano, que constrói sua subjetividade sob o signo do bélico, fenômeno exposto e analisado por Karine. O livro convida o leitor a pensar “por que” e como chegamos a essa inabilidade de dialogar, de sentir, de nos aproximarmos do outro, e sobre o que podemos fazer para transformar esse quadro. Disponível em e-book, o livro tem 95 páginas.

 

O Livro da Gratidão

Gratidão é uma qualidade que todos possuímos – quem nunca se sentiu grato a alguém ou por alguma coisa que recebeu? Mas, na verdade, agradecer é um desafio diário. Afinal, é tão fácil se deixar levar pela enormidade de problemas e obstáculos que surgem todos os dias… Sabemos que quem é grato é mais feliz. Então, como fazer para superar a mania de reclamar a cada nova dificuldade? Este livro nos lembra, através de lindas frases e exercícios, de todos os motivos pelos quais podemos ser gratos e nos ensina a praticar aquilo que nascemos para fazer. De Carolina Chagas, o livro tem 120 páginas e é da Editora Fontanar.

 

No Final Ficam os Cedros

Não é à toa que a literatura é considerada uma manifestação artística das mais densas e complexas. Seus caminhos podem transportar os leitores para outros lugares e outras épocas.  Poeta teatral nascido na Jordânia e criado na Alemanha, Pierre Jarawan traz uma história surpreende pela busca das origens e descobertas de nações que se inter-relacionam em seu primeiro romance, que já se tornou best-seller internacional: “No Final Ficam os Cedros” (“The Storyteller” em seu título original), lançamento da editora Jangada, selo do Grupo Editorial Pensamento. Premiado na Alemanha e Holanda, a obra relata a vida de Samir e sua família, libaneses chegados à Alemanha em uma época em que seu país sofria os efeitos de guerra civil. Quando tinha oito anos, seu pai desapareceu sem deixar uma mensagem sequer. Contudo, atormentado pela culpa por guardar um importante segredo, Samir decide viajar ao Líbano duas décadas depois em busca de pistas que possam o levar ao paradeiro de seu pai. Nessa busca, Samir se depara com a realidade de um pós-guerra que ainda faz sangrar um país inteiro.  Atirar-se no desconhecido era sua única opção em busca do paradeiro de seu herói de infância, responsável por alimentar o imaginário do ainda garoto Samir com histórias do tal “País dos Cedros”. Além de conviver com as incertezas geradas pelo desaparecimento, ele terá de lutar contra a realidade imposta a si anos depois. Permeado por acontecimentos históricos do país mediterrâneo, o livro, segundo o autor, narra a trajetória de uma nação e a crise do Oriente Médio e ajuda a compreender as questões que envolvem os refugiados e imigrantes que foram viver sobretudo nos EUA e na Europa. O livro tem 440 páginas.

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