10 de julho | 2018

O livro 4 3 2 1 chegou nas livrarias

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A Criança no Tempo
Numa ida rotineira ao supermercado, Stephen Lewis, escritor bem-sucedido de livros infantis, se depara com a maior agonia de um pai: Kate, sua filha de três anos, desaparece sem deixar rastros. Numa imagem terrível que se repete ao longo dos anos seguintes, ele percebe que a garota não vai voltar. Com ternura e sensibilidade, Ian McEwan nos leva ao território sombrio de um casamento devastado pela perda de um filho. A ausência de Kate coloca a relação de Stephen e de sua esposa Julie em xeque, enquanto cada um deles enfrenta à sua maneira uma dor que só parece se intensificar com o passar do tempo. Vencedor do Whitbread Award, ”A Criança no Tempo” discute temas como ausência, luto, culpa e as marcas indeléveis que um acontecimento pode deixar em uma família. Um romance surpreendente de um dos melhores escritores de sua geração. Com 288 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

Homem Objeto e Outras Coisas Sobre Ser Mulher
Desde que começou a escrever semanalmente para a Folha de S. Paulo, em 2013, Tati Bernardi não parou de conquistar leitores. Com sua prosa hilariante de inteligência frenética, ela se tornou uma das principais críticas dos costumes da classe média “meio intelectual, meio de esquerda” — usando aqui a expressão cunhada por Antonio Prata, autor da mesma geração. “Homem-Objeto”  reúne seus melhores textos e traz uma crônica inédita, “Meu Marido Joga Videogame”, que retrata um dos temas que se sobressaem no conjunto, não apenas pela recorrência, mas pela originalidade e destemor com que é tratado: a experiência de ser mulher no mundo contemporâneo. Tati diverte como poucos autores, e são muitos os leitores que abaixam o jornal para que a gargalhada possa ecoar como deve. Como dizia um velho filósofo, nós rimos porque dói. Talvez o elemento comum entre suas crônicas sobre constipação, espermograma ou taquicardia seja que todas tratam de sentimentos íntimos e profundos. O resultado, esperado ou não, é uma surpreendente dose de poesia. Com 256 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

De Espaços Abandonados
Maria Alice é introspectiva e míope; muito míope. Sua mãe, que sofria de distúrbio bipolar, desapareceu sem deixar pistas, e Maria Alice está disposta a viajar o mundo para reencontrá-la. Posts em um blog sobre espaços abandonados e exploração urbana a levam a Dublin, onde passa a viver com brasileiros que decidiram ganhar a vida no exterior, mas que perderam (ou ignoraram) o rumo. Em sua incerta busca, ela acaba seguindo o próprio desejo de se perder. Ao mesclar cartas, trechos de livros, manuais de escrita, depoimentos e arquivos perdidos em computadores, Luisa Geisler costura a vida de uma série de brasileiros autoexilados na Irlanda, em busca de um futuro melhor, ainda que não saibam o que procuram. Este livro não traça apenas a jornada de uma mulher em busca da mãe. Ele refaz, também, a história de personagens perdidas, que buscaram uma vida melhor em outros países, mas acabaram reencontrando antigos problemas nelas mesmas. São pessoas que por anos ouviram histórias sobre ganhar em euro e a mítica da sorte irlandesa, mas que agora estão entre tentar achar uma forma de fugir da vida ou encará-la de frente. De Luisa Geisler, o livro tem 416 páginas e é da Editora Alfaguara.

4 3 2 1
Archie Ferguson é filho de Stanley e Rose, nascido no dia 3 março de 1947. Este é o único dado indiscutível de sua biografia. Pois, em “4 3 2 1”, Paul Auster constrói não uma trajetória, mas quatro diferentes percursos de vida trilhados por Archie. Desde o êxito de “A Trilogia de Nova York”, de 1987, sua estreia na ficção, Auster tornou-se um dos principais nomes da literatura contemporânea, publicando grandes sucessos de crítica como “Leviatã “ e “Desvarios no Brooklyn”. Após um hiato de sete anos, o escritor retorna à prosa com seu projeto mais ousado: pensar o que aconteceria com um mesmo personagem se as suas relações e condições — financeiras e familiares — fossem outras, como se a mesma pessoa habitasse universos paralelos. Neste brilhante exercício literário, Auster instiga uma profunda meditação acerca de um dos temas mais recorrentes em sua obra: o poder do acaso. O resultado é um romance monumental, uma reflexão sobre o que nos torna humanos, o que podemos controlar e tudo o que há de mais imprevisível no destino de cada indivíduo. Com 816 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

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