05 de setembro | 2024
O legado de “Sítio do Picapau Amarelo”: A série que encantou gerações
Com uma nova roupagem, os personagens icônicos de Monteiro Lobato agora podem ser vistos no +SBT
O “Sítio do Picapau Amarelo” é mais do que uma simples série televisiva; é um fenômeno cultural que marcou profundamente a memória coletiva de várias gerações de brasileiros. Baseada na obra homônima do escritor Monteiro Lobato, a série estreou pela primeira vez na TV em 1952, e ao longo dos anos, passou por várias adaptações, sendo a versão mais icônica a exibida pela Rede Globo entre 1977 e 1986.
A trama se passa no imaginário Sítio do Picapau Amarelo, uma fazenda situada no interior do Brasil, onde personagens como a boneca de pano Emília, a sábia Dona Benta, o travesso Pedrinho e a delicada Narizinho vivem aventuras repletas de fantasia, misturando folclore brasileiro, mitologia, e contos de fadas. A combinação única de elementos educativos e lúdicos fez com que a série ganhasse um lugar especial no coração do público, tanto de crianças quanto de adultos.
A versão de 1977, produzida pela Rede Globo, é frequentemente lembrada como a mais emblemática, graças à sua adaptação fiel dos livros de Monteiro Lobato e à sua produção esmerada. A série não apenas encantou o público infantil, mas também trouxe à tona discussões sobre a cultura e o folclore brasileiro, destacando personagens como o Saci, a Cuca e a Iara, que ganharam vida de forma única na telinha.
Com o passar dos anos, outras versões foram produzidas, como a exibida entre 2001 e 2007, que trouxe uma atualização visual e narrativa para o novo milênio, mas sem perder a essência que consagrou a série.
Agora chegou a vez do SBT investir na obra de Monteiro Lobato que está completando 105 anos desde o lançamento do primeiro livro. Desta vez batizada de “O Picapau Amarelo” a série está disponível gratuitamente no streaming +SBT, lançado recentemente.
Uma criação de Jefferson Cândido adaptada da obra de Monteiro Lobato, a série veio com uma nova roupagem, onde a turminha sai dos livros para as telinhas ao longo de 15 episódios que apresentam histórias baseadas na obra original em uma formatação de quadros educativos e com duração mais curta, além de cores que agradam o público infantil, entre elas as chamadas candy colors.
Uma forma de entretenimento para todas as idades, a primeira temporada é ambientada na aconchegante casa interiorana com o propósito de trazer aprendizados e diversão através da dramaturgia. Experimentos, músicas, receitas, contos e fábulas valorizam a cultura e o folclore em episódios recheados de aventura e encanto.
Os espectadores podem acompanhar Dona Benta, Tia Anastácia, Emilia, Pedrinho, Narizinho, Marquês de Rabicó e Visconde de Sabugosa em muitas aventuras e quadros, dentre os quais “As Receitas da Tia Nastácia” e “Experiências do Visconde”, que fazem com que as crianças do outro lado da tela aprendam brincando. Em “Serões de Dona Benta” e “Histórias da Tia Nastácia”, contos populares e histórias do mundo entram em cena com muita magia do faz de conta e do Pirlimpimpim para aguçar a imaginação e o lado lúdico de todos.
Tem também o “Emilia Visita”, através da qual a personagem leva o público mirim para conhecer um lugar curioso ou animais para mostrá-los em seu habitat natural. Outro atrativo é “A Rádio do Picapau Amarelo”, com o lançamento de músicas e sete clipes musicais interpretados pelos atores para envolver as crianças e compor a trilha sonora da série, com os dois primeiros álbuns já disponíveis em todas as plataformas digitais de áudio.
Com um elenco formado por grandes artistas, a produção traz Bibba Chuqui como Tia Nastácia, Patrícia Mayo interpretando Dona Benta, Hugo Carvalho dando vida ao Visconde de Sabugosa e Débora Gomez no papel da boneca Emilia. Já Pedrinho é vivido por Felipe Lago, enquanto Marianna Santos encarna Narizinho, tendo ainda Adilson de Carvalho como o Marquês de Rabicó. Ao longo da trama, muitos outros atores convidados dão vida à Cuca, Saci, Peter Pan, Anjinho, entre outros.
A influência da obra do “Sítio do Picapau Amarelo” vai além do entretenimento. A série tanto da Globo, como do SBT, é um exemplo de como a cultura popular pode ser um veículo poderoso para a educação e a preservação das tradições nacionais. Em tempos de constante transformação midiática, a obra de Monteiro Lobato, através de suas adaptações para a telinha, continua a ser uma referência de qualidade e criatividade, mantendo vivo o imaginário popular e o orgulho de ser brasileiro.
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