02 de dezembro | 2019

Nem tudo é festa no final do ano

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Final de ano normalmente sempre é tempo de alegria, tempo de se preparar para o Natal e Ano Novo, e também férias, para muitas pessoas.

No entanto, esta época do ano também é propícia para a manifestação de sentimentos contraditórios, ou seja, para algumas pessoas é tempo de muita satisfação e felicidade, enquanto que para outras, é tempo de angústias, melancolia, saudade e muita ansiedade, ficando introspectivas e até mesmo deprimidas.

O final de ano simboliza encerramento, conclusão, fim de um ciclo e início de outro, o que leva a reflexões, retrospectivas e avaliações.  Os psicólogos explicam que estas autoavaliações podem ser rígidas e intransigentes em relação ao que se realizou e vivenciou durante o ano, e também ao que não se fez, o que pode resultar em melancolia, tristeza, ansiedade e frustração. A percepção que a pessoa tem de si mesma e da vida (cobrança interna e externa) também influencia demais no desencadeamento da Síndrome de Final de Ano.
A solidão também é um fator que pode provocar a síndrome. Muitas pessoas se sentem desamparadas e sozinhas nesta época do ano, o que as entristece demais. O alto nível de estresse (acumulado durante o ano) também é um agente que pode desencadear a síndrome, ou até mesmo, o estresse de ocasião.
Veja os sintomas físicos, comportamentais e psicológicos da síndrome: alterações do humor (irritabilidade acentuada, alternada com apatia e tristeza); crises de ansiedade e, em alguns casos, crises de pânico; insônia ou sono excessivo; alterações na alimentação (perda do apetite ou episódios de compulsão alimentar); fadiga; dores musculares constantes; náuseas; dores de cabeça; aumento no consumo de bebida alcoólica; diminuição da libido; em alguns casos, aceleração e direção agressiva no trânsito. Em casos mais graves, pensamentos suicidas e tentativas de suicídio.

O fato é que existe um sofrimento causado pela Síndrome de Final de Ano e muitas pessoas o sentem em maior ou menor grau. Para amenizar esse sofrimento, aconselha-se não fazer aquilo que não se deseja fazer como, por exemplo, ir a festas apenas para atender às expectativas alheias. É importante se respeitar e não participar daquilo que não se quer, mas também não buscar o isolamento, nem se entregar à dor e à solidão.
Se você se encontra nessa situação, algumas medidas podem dar alívio aos sentimentos ruins.  
Faça atividades que irão relaxá-lo, acalmá-lo e fazê-lo mudar o foco. Respire profundamente várias vezes ao dia. Converse com pessoas de sua confiança, desabafe; verbalizar sua dor vai aliviá-lo e amenizar sua angústia.
Exercite diariamente a mudança dos padrões de pensamentos, procure ponderar na autoavaliação, sendo menos autocrítico. Respeite seus limites. Seja mais otimista.

Esteja disposto a fazer coisas que irão gerar bons sentimentos. E se a tristeza persistir, busque ajuda especializada. É fundamental investigar e tratar a causa para então se curar.

E mais, procure cuidar de sua fé; busque reforçar a sua espiritualidade.

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