20 de maio | 2012

Mesmo no frio Paraty é uma opção

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Passear pelo Centro Histórico de Paraty, a bordo de uma charrete em estilo bem antigo, é uma boa opção para os turistas que querem conhecer a cidade / Fernando Piancastelli

Assim como todas as igrejas de Paraty, a Igreja da Santa Rita possui fachada voltada para o mar. Foi aberta ao público em 30 de junho de 1722, tornando-se a mais antiga igreja de Paraty devido às demolições da Capela de São Roque, das antigas Matriz e Igreja de Nossa Senhora do Mamanguá. Existe nesse anexo um poço de água transparente que muitos acreditam ser milagrosa. Nos fundos da igreja está o Museu de Arte Sacra / Fernando Piancastelli
 

 

 

Está batendo na porta a estação mais fria do ano e quase ninguém quer saber de praia, afinal de que vale o mar sem o sol, mas isto é um grande engano. Preste atenção na cidade de Paraty que você vai se surpreender com as possibilidades que oferece, mesmo no inverno.

Antes de falar da cidade, vamos ver o que ela oferece nos próximos dois meses. Entre 08 e 10 de junho tem o Festival do Camarão, festa que marca o fim da proibição da pesca do crustáceo. Os chefs locais se esmeram em suas receitas que têm o camarão como prato principal e também os caiçaras aproveitam para mostrar o seu artesanato. No entanto, é no mês de julho que Paraty vira atração nacional; no período de 04 a 08 de julho acontecerá a X Feira Internacional do Livro (FLIP), que há dez anos reúne os maiores nomes da literatura nacional e internacional. Neste ano, o evento terá show de Lenine marcando a sua abertura.

Todos os anos a “Feira do Livro” movimenta a cidade e toda a sua região. O visitante tem contato com o que há de melhor da Literatura e ainda tem contato direto com as manifestações culturais locais. No mês de outubro, quando sol estará mais quente e da praia, tem o V Festival de Cinema de Paraty, outro evento que a projeta a cidade nacional e internacionalmente.

É hora de saber o que Paraty tem para o ano inteiro. A cidade fica a 236 quilômetros do Rio de Janeiro e 330 quilômetros de São Paulo, o acesso é feito pela Rodovia Presidente Dutra. Sua arquitetura e história remontam ao Século XVI, tem dezenas de cachoeiras, mais de trezentas praias e sessenta e cinco ilhas.

Esta é Paraty, no Estado do Rio de Janeiro, uma cidade paradisíaca, destino obrigatório, tanto no verão como no inverno. Tombada pelo Patrimônio Histórico, tornou-se um monumento nacional, nada em sua arquitetura pode ser modificada, sendo que até mesmo a pintura dos imóveis tem que ser autorizada pela prefeitura local porque as cores originais têm que ser mantidas. As ruas centrais, que conservam o calçamento original de pedras, só podem ser percorridas a pé, uma vez que é proibido o tráfego de veículos.

Até meados do Século XVIII, Paraty foi o segundo porto do País, sendo o caminho obrigatório para o envio de cargas, especialmente o ouro vindo de Minas Gerais, para o Porto de Santos. Foi também um porto seguro para milhares de maçons que fugiam da Inquisição da Igreja Católica.

Entre 1930 e 1960, a cidade ficou isolada do resto do Brasil por falta de uma via de acesso e seus moradores mantiveram o estilo de vida do século passado. Sua vocação turística foi descoberta na década de 60 quando empresários paulistas fizeram um loteamento na Praia do Jabaquara e construíram uma estrada até Paraty.

No verão, além das praias e do banho de mar, os passeios de saveiros e barcos constituem uma atração especial para o turista. A exploração de trilhas montanhosas que cruzam cachoeiras e atravessam a Mata Atlântica é mais uma opção que ganha cada vez mais adeptos, despertando assim a sua vocação para o Ecoturismo.

As montanhas mais impressionantes são a Serra Geral de Paraty, onde se localiza ao Serra da Bocaina, e o pico mais alto é o Cuscuzeiros com 1227 metros. E ainda têm as cachoeiras.

Tudo isso pode ser visto e aproveitado com os diversos grupos de monitores que ajudam os "exploradores" a conhecerem o lugar sem nenhum risco. O passeio pode ser feito a pé, de bicicleta, a cavalo ou de carro. Fica a gosto do freguês.

Imperdível também é uma visita à Fazenda Engenho Murycana, localizada no quilômetro 6 da estrada que leva para a cidade de Cunha. Fundada no Século XVII, tem várias atrações como o Museu de Antiguidades, mini zoológico, passeios a cavalo, mini pôneis, playground e um magnífico alambique que produz a famosa aguardente “Murycana”, envelhecida em tonéis de carvalho e cerejeira, e destilada sob fogo de lenha.

Tanta cultura é bom, mas e as praias? O lugar tem nada menos que trezentas delas espalhadas pelo continente e ilhas. O acesso para a maioria delas tem que ser feito de barco, mas vale à pena. Para quem gosta de mergulhar, as agências de turismo local oferecem aulas sobre técnicas de mergulho autônomo com turismo subaquático. Existem ainda roteiros que incluem mergulhos e caminhadas em áreas de proteção ambiental, incluindo visitas as ruínas na Baía de Paraty.

Paraty mantém uma estrutura para atender os turistas. São dezenas de opções de hospedagens, com apartamentos de luxo, ou não, todos incluindo café da manhã. Nos restaurantes, os cardápios oferecidos são variados oferecendo frutos do mar até carnes e massas. Tem também inúmeros bares com música ao vivo. Destaque também deve ser dado ao artesanato local, sendo que os preços são para todos os bolsos.

Sem dúvida, é um dos lugares mais lindos do Brasil. Procure um agente de viagens e conheça os inúmeros pacotes oferecidos. Vale à pena conferir.

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