10 de julho | 2017

Menopausa sem drama e sem traumas

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É parte da vida da mulher, mas o fato é que a menopausa é uma espécie de prova de fogo para a maioria delas. É fato também que a Medicina evoluiu muito e são oferecidos medicamentos e terapias que prometem amenizar os sintomas e proporcionar conforto, mas quase todas as mulheres se queixam das ondas de calor que tomam conta do corpo na faixa dos cinquenta anos e que, associadas a suor frio e a fatores como insônia, perda da massa óssea, secura da vagina e perturbações urinárias caracteriza um dos períodos mais difíceis e delicados da vida.

A menopausa pode ser definida como o momento em que a menstruação sofre uma interrupção pela falta de hormônios sexuais (Progesterona e Estrogênios). Nesse sentido, há todo um funcionamento hormonal comandado pela hipófise, uma glândula cerebral que envia ordens a várias regiões do corpo, inclusive aos ovários, onde são produzidos os tais hormônios sexuais.

Os hormônios sexuais são importantíssimos, pois servem de proteção contra doenças do coração e das artérias como trombose e infarto do miocárdio.

A "descoberta" da menopausa é coisa recente na Medicina, pois até a virada do Século XX a expectativa de vida para mulheres era de 40 anos e assim, até bem pouco tempo, não havia estatísticas para divulgar com clareza os sintomas dessa parada hormonal. Atualmente, sabe-se, por exemplo, que estes sintomas duram uma média de cinco anos.

Até aqui foram tratados dos sintomas puramente físicos, mas e sob o ponto de vista psicológico, quais seriam as suas consequências?

O que se pode levar em conta é que toda essa mudança no corpo tem fortes repercussões na mente feminina. Isso porque, quando os ovários deixam de funcionar, não há mais óvulos para serem fecundados. Ou seja, a perda da menstruação passa a ser sinônimo de perda de fertilidade e, portanto, de possíveis angústias, voltadas, quase sempre, para as relações entre menopausa e velhice. Isso sem falar na desmotivação sexual (a secura da vagina é uma das grandes responsáveis por isso).

Apesar da enumeração dos sintomas e suas consequências, cada mulher reage de maneira própria à esta nova fase de sua vida. Uma destas reações é a mulher não deixar-se abalar e encarar tudo de modo natural, contornando os sintomas com soluções práticas, possíveis graças aos avanços alcançados nesta área. Uma delas, talvez a mais eficiente, é o reequilíbrio hormonal.

Isto é nada mais, nada menos, do que a reposição de Progesterona e Estrogênios. Os métodos variam. Pode ser através de injeções, comprimidos ou adesivos especiais. Nesse último caso, a reposição hormonal se dá pela pele.

Para que esses recursos sejam empregados com segurança são recomendados exames específicos como a mamografia, exames de sangue e a densitometria óssea que avaliam as condições de saúde da paciente e indicam possíveis contraindicações. Quem teve hepatite ou é diabética, por exemplo, precisa ter seus riscos avaliados. Já a mulher com um histórico familiar que inclui um câncer de mama deve se submeter a uma melhor avaliação dos riscos da reposição hormonal.

As outras armas no combate aos sintomas incluem a dieta alimentar que deve conter alimentos ricos em cálcio e pobres em gordura, além da prática de exercícios físicos diários (a Natação é um dos esportes mais indicados). Desse modo, a mulher fortalece seu corpo e lhe dá as condições necessárias para lidar com muitos dos problemas da menopausa.

Uma das consequências mais indesejáveis é a perda da massa óssea – Osteoporose – que aparece com frequência depois dos 50 anos, instaurando o risco de fraturas, principalmente da bacia, da coluna e do fêmur.

Existem muitos outros sintomas que acompanham as características individuais da mulher. Quem apresenta tendência a engordar pode ver a balança apontar números altos nesse período. Já a mulher que é ativa, envolvida com o trabalho, é capaz de nem sentir a perda de menstruação, em vista de tantas outras preocupações como questões financeiras, educação dos filhos etc.

Cada caso tem suas características próprias. Portanto, melhor do que especular sobre a interrupção da menstruação é evitar o excesso de valorização dos sintomas e não achar que tudo o que se sente depois dos cinquenta anos tem ligação com essa parada hormonal.

Menstruar, engravidar e depois perder a fertilidade representa um ciclo complexo. Mas é justamente a partir daí que a mulher pode compreender a menopausa apenas como uma nova etapa de vida. Dessa vez, mais madura e reflexiva.

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