20 de maio | 2012

Gripe ou resfriado? Entenda a diferença

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A gripe, doença muitas vezes negligenciada em seu tratamento,  é causada pelo vírus influenza, que pode ser de três tipos: A, B e C, sendo que os dos tipos A e B são os que mais causam infecções em humanos. As principais características desses vírus é que eles se modificam constantemente (as chamadas mutações) e são os únicos capazes de causar epidemias anuais recorrentes, ou seja, que voltam depois de ter desaparecido.

A doença é transmitida por meio das gotículas expelidas no ar quando a pessoa fala, espirra ou tosse. Ao contrário do que se acredita, ficar descalço, tomar chuva ou sorvete não faz a pessoa contrair gripe. É preciso o contato com outra pessoa gripada. Um dia ou dois antes de sentir os sintomas e até dez dias depois de estar gripada a pessoa infectada pode contaminar as outras ao redor.

A gripe atinge pessoas de todas as idades e é muitas vezes confundida com resfriados e outras doenças respiratórias, podendo ser perigosa quando causada por um vírus influenza novo. Nesse caso a doença se espalha mais rapidamente e provoca sintomas bem mais severos. Esse tipo de gripe é chamada de pandêmica, e ocorre a cada 30 ou 40 anos. A gripe dura de sete a dez dias.

Se a pessoa relata estar gripada "há um mês", os médicos garantem que os sintomas são de complicações ou outras doenças associadas. Também não se contrai gripe várias vezes ao ano, mas apenas uma ou, no máximo, duas.

Complicações sérias, como sinusite, otite, bronquite, pneumonia e até a morte podem ocorrer em crianças menores, pessoas com mais de 65 anos e pacientes com doenças crônicas. O quadro pode se agravar muito se essas pessoas já tiverem uma doença séria.

Não há brasileiro que não diga que está gripado quando dá alguns espirros, tem coriza, garganta arranhando e febre de 37,5º. Na verdade, isso não é gripe, é resfriado. A gripe e o resfriado têm alguns sintomas em comum, como congestão nasal, coriza (nariz escorrendo) e tosse. Mas os especialistas alertam que eles são causados por vírus distintos e têm intensidades também diferentes. O resfriado começa aos poucos, com coriza e espirros, e quase sempre sem febre. Já a gripe "derruba" a pessoa de uma vez, com febre alta e intenso mal-estar geral. A pessoa consegue até trabalhar ou ir para a escola resfriada, mas provavelmente não conseguirá sair da cama com uma gripe.

A vacina da gripe é tida como vacina que falha. Dois dias depois de ter tomado, a pessoa diz que apanhou a maior gripe da sua vida e que nunca mais vai tomar outra dose. Segundo os especialistas, esse é o primeiro mito a ser desfeito. Não há hipótese de a vacina da gripe provocar gripe, porque não tem o vírus vivo. O que pode acontecer é a pessoa tomar a vacina quando já estava incubando o vírus da doença.

A vacina pode falhar, mas, mesmo quando isso acontecer – e no idoso falha mais do que no jovem adulto –, reduz em um terço a necessidade de hospitalização e em 50% o risco de morte. Ou seja, a doença vem com intensidade bem menor.

Tomar a vacina contra o vírus influenza é a melhor forma de prevenir-se contra a gripe e suas complicações, garantem os médicos.

A proteção da vacina é melhor nos primeiros seis meses. Depois sua eficácia vai diminuindo e ela praticamente perde o efeito em um ano. Essa é uma das razões que justificam tomar a vacina todo ano.

A outra razão diz respeito à composição da vacina. Ela sempre protege contra três tipos de vírus. Quando aparece um vírus novo, a vacina precisa ser atualizada. Entra o vírus novo na fórmula e sai o mais antigo, o que faz com que a vacina continue sendo trivalente.

Como a doença ocorre mais durante o outono e o inverno, no Brasil o período ideal para tomar a vacina é de janeiro a maio.

Informe-se no posto de saúde mais próximo de sua residência.

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