09 de novembro | 2014

“Eu que Amo Tanto”, é a nova aposta do “Fantástico”

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Marjorie Estiano , Mariana Ximenes , Suzana Vieira e Carolina Dieckmmann serão as protagonistas dos quatro episódios da série “Eu que Amo Tanto”, que estreia no “Fantástico”, neste domingo / Estevam Avellar-RG

Mariana Ximenes é Leididai, moça tímida que se apaixona por Zé Osmarino (Márcio Garcia), presidiário. E é nas visitas ao amado na prisão que ela encontra sua liberdade / Ellen Soares-RG

 

 

 

Neste domingo, o “Fantástico” estreia mais uma série. Trata-se de “Eu que Amo Tanto”, uma adaptação de Euclydes Marinho do livro homônimo de Marília Gabriela. Com direção de Amora Mautner e codireção de Joana Jabace, a série terá quatro episódios e mostrará Amores obsessivos de quatro mulheres.

Há quem diga que há limite para o amor. Outros acham que vale tudo numa relação entre duas pessoas. E alguns até tentam, mas poucos entendem o que leva uma pessoa a amar demais, em demasia, a ponto de perder a cabeça. É esse sentimento, elevado ao extremo, que faz com que Zezé (Carolina Dieckmann), Leididai (Mariana Ximenes), Angélica (Marjorie Estiano) e Sandra (Suzana Vieira) levem tudo às últimas consequências. Essas mulheres poderiam estar presentes facilmente na vida de qualquer um, mas são personagens de “Eu Que Amo Tanto”.

Baseada em histórias reais, a série conta como essas quatro mulheres são capazes de abrir mão dos filhos, da individualidade, do amor próprio e até mesmo de sua sanidade mental e física para viver o amor da maneira mais avassaladora. E por quê? Insegurança? Obsessão? Doença? Existem muitas explicações. Especialistas dizem que o amor patológico é uma doença que usa a dependência como se fosse uma droga. Só que neste caso, a droga não é um produto químico ou álcool: é o próprio parceiro ou parceira. E o amor passa a ser droga quando deixa de ser algo saudável para tornar-se um vício. Para trazer mais realismo à série, Amora contou com a consultoria de psicanálise Inter-sessão, especializada no assunto. Mulheres sofrem do mal com mais frequência, mas homens também podem ser atingidos. “ ‘Eu Que Amo Tanto’ é visceral, essas mulheres são capazes de qualquer coisa por amor. Para mostrar isso, ninguém melhor que Euclydes Marinho, um cara que sabe tudo do universo feminino”, diz Amora. 

A parceria entre Amora Mautner e Euclydes Marinho traz uma história com diálogos fortes, recheada de emoção. Em cada fala, as personagens emocionam pela complexidade do que sentem, pela delicadeza do que fazem, pelo amor que as dilacera. Difícil não se sensibilizar em algum momento, com situações tão reais, tão humanas. A luz quente da fotografia da série e a trilha sonora também conduzem ao universo particular dessas mulheres que tanto amam, que tanto sofrem.  "Eu não posso negar que a mulher é o meu tema predileto. Não é à toa que cinco dos meus trabalhos tem ‘mulher’ no título. Uma das coisas que me fascina nas mulheres é a sua quase infinita capacidade de amar, de se entregar a esse sentimento tão misterioso e que às vezes pode chegar às raias da loucura. Como o amor das mulheres que deram seus depoimentos para Marilia Gabriela e que resultou no livro ‘Eu Que Amo Tanto’, ponto de partida desta ideia. Depoimentos contundentes, sofridos, explosões hormonais, medos. Medo do desamor, da solidão, medo de serem ignoradas, abandonadas ou destruídas. Uma área sombria, dolorida, por onde eu ainda não havia transitado, pelo menos como autor. Me colocar na pele dessas quatro mulheres foi uma experiência mais do que enriquecedora. E ainda tive o privilégio de ter Amora como diretora, uma mulher que além de ser uma parceira de muito tempo, é o maior talento que surgiu na televisão brasileira nos últimos muitos anos. E ela ainda trouxe as talentosas Joana Jabace, Carolina Dieckmann, Suzana Vieira, Marjorie Estiano e Mariana Ximenes. Além de ter me apresentado Marilia Gabriela! O que mais um homem que ama as mulheres pode querer? Só me resta agradecer", completa Euclydes.

A cada episódio, a série mostra como o amor e a doença se confundem dentro dessas mulheres. A cegueira da paixão, a baixa autoestima e a necessidade de estar com a pessoa a todo custo podem se transformar em uma grande tragédia. Zezé (Carolina Dieckmann) cresceu com a certeza de que ninguém a amava, até conhecer Osório (Antonio Calloni). Com o tempo, Zezé vai se anulando na relação, aceitando até outras mulheres em sua casa, na sua cama. Mariana Ximenes é Leididai, moça tímida que se apaixona por Zé Osmarino (Márcio Garcia), presidiário. E é nas visitas ao amado na prisão que ela encontra sua liberdade. Já Marjorie Estiano é Angélica, uma mulher com casamento estável, um marido amável e dois filhos. Mas que larga tudo para viver uma relação com Cristiane (Paula Burlamaqui). O ciúme e insegurança a levam à loucura. Para encerrar a série, Sandra (Suzana Vieira), viúva, que sequer lembrava o que era ter um afago no coração, conhece o fotógrafo Miguel (Tarcísio Filho), entra de cabeça na relação e fica obcecada por esse homem que a despreza. 

Para ajudar a compor estes personagens, a caracterização é a mais realista possível. Não há glamour, as personagens são mulheres comuns, do dia a dia. As roupas são simples e as atrizes “mostram” a cara. Sem maquiagem. Para compor Leididai (Mariana Ximenes), um batom vermelho faz toda a diferença quando a personagem se descobre mais mulher. A viúva Sandra (Suzana Vieira) lança mão de vestidos mais discretos e com tons mais sóbrios. A socorrista Angélica (Marjorie Estiano), quando não está de uniforme, solta os cabelos e usa vestidos delicados com estampas florais. O figurino de Zezé (Carolina Dieckmann) acompanha a transformação da personagem de mulher apaixonada com roupas justas, a vestidos simples de uma dona de casa em sofrimento.

“Eu Que Amo Tanto” está previsto para ser exibido ao final de cada edição do “Show da Vida”

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