26 de agosto | 2019

Em breve os Bulhosa estarão de volta na tela da Globo

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1- Agora, em plena década de 1930, Geraldo Bulhosa (Alexandre Nero) faz carreira no funcionalismo público / Paulo Belote-RG

 

2- Em 1930 Maria Teresa (Fernanda Torres) segue obcecada por fazer parte da alta sociedade / Paulo Belote-RG

 

3- Geraldinho (Johnny Massaro ), o primogênito da família Bulhosa continua inconse- quente, amante da subversão ideológica e um exímio “matador de aulas” / Paulo Belote-RG

 

4- Catarina (Lara Tremouroux ), a filha caçula chega de uma temporada em São Paulo, sonhadora e feminista, lutando por salários iguais entre homens e mulheres / Paulo Belote-RG

 

5- Lucélia (Jéssica Ellen), escrava em 1822, ressurge na década de 1930 como empregada dos Bulhosa. Já Domingos (Serjão Loroza) é sambista e padrinho de Lucélia / Paulo Belote-RG

 

 

Em 2017 a família Bulhosa alegrou os lares do povo brasileiro, quando foi exibida a primeira temporada de “Filhos da Pátria”, mostrando como o “jeitinho brasileiro” de se dar bem e a corrupção já eram aplicados no recém-independente Brasil. Com humor e muita perspicácia, o autor Bruno Mazzeo tentou alertar o telespectador sobre atual situação do país através das aventuras e trambiques dos Bulhosa. E agora para felicidade geral da nação, em breve estreia mais uma temporada da atração, na telinha da Globo.

A série, de dez episódios inéditos, foi toda gravada no Rio de Janeiro, onde se passa a história, que desta vez retrata o início da década de 1930, momento de transição da história do Brasil com o início da Era Vargas. Apesar de desembarcarem um século à frente, a família Bulhosa mantêm seus trejeitos e toda a excentricidade característica do clã, formado pelo pai Geraldo (Alexandre Nero), a mãe Maria Teresa (Fernanda Torres), o filho Geraldinho (Johnny Massaro) e a filha Catarina (Lara Tremouroux). Cada um a seu tipo, os personagens interagem nessa nova conjuntura política, social e econômica do país. 

Se na primeira temporada de “Filhos da Pátria” a trama se passava no Brasil de 1822 – um país recém-independente e otimista –, na segunda, o contexto inclui as tropas de Getúlio tomando o poder e enchendo o Brasil – novamente – de esperança, com promessas de modernidade diante da estagnação após anos da hegemonia da elite do chamado “café com leite”. Agora, em plena década de 1930, Geraldo Bulhosa faz carreira no funcionalismo público, enquanto sua esposa, Maria Teresa, segue obcecada por fazer parte da alta sociedade. O primogênito da família, Geraldinho, continua inconsequente, amante da subversão ideológica e um exímio “matador de aulas”. Já Catarina chega de uma temporada em São Paulo, sonhadora e feminista, lutando por salários iguais entre homens e mulheres. Lucélia (Jéssica Ellen), escrava em 1822, ressurge na década de 1930 como empregada dos Bulhosa, em um tempo em que o direito à folga é uma afronta. Domingos (Serjão Loroza) é sambista e padrinho de Lucélia. Operário por décadas, foi uma das vítimas das demissões em massa decorrentes da quebra da Bolsa em 1929 e, depois disso, começou a viver de “bicos” e da venda de seus sambas, sempre subfaturados. Pacheco (Matheus Nachtergaele) é funcionário do alto escalão do Palácio do Catete e é quem leva Geraldo à sede do governo com um principal objetivo: queimar os arquivos públicos, tacando fogo na memória oficial.

A chegada e a influência do rádio, o impulso da industrialização e a revolução são as novidades que moldam a sociedade da época e marcam a chegada do século XX – mesmo que com 30 anos de atraso. A nova leva de episódios traz uma crônica cheia de humor sobre a construção da sociedade brasileira e seus ciclos repetitivos. “Tratamos de época, mas falamos de acontecimentos e temas muito atuais. Através do humor e dos nossos tipos extremamente engraçados, criamos um diálogo relevante para a sociedade, ao chamar atenção para um fato: é o Brasil sempre achando que vai para frente. Como um ‘agora vai’ que ainda não foi. Continuamos nessa expectativa”, analisa Bruno Mazzeo. “Esse movimento de trazer os mesmos personagens para outro período histórico é algo inédito na dramaturgia e muito estimulante. Os comentários críticos e os posicionamentos daquela família serão experimentados agora em um novo lugar, o que amplia nossos desafios e nos dá a liberdade de reinventar dentro de um mesmo produto”, conta o diretor o artístico da série, Felipe Joffily. 

As gravações de “Filhos da Pátria” foram realizadas em locações importantes da época, no Rio de Janeiro, valorizando o que restou na cidade deste período e conservando detalhadamente o que se preservou das décadas passadas: fachadas de prédios, calçamentos, praças, o Theatro Municipal, a Confeitaria Colombo, o Palácio Tiradentes, e, claro, o Palácio do Catete, que tem status de protagonista nesta segunda temporada de “Filhos da Pátria”. O Arsenal de Guerra da Marinha também foi utilizado como recurso de ambientação cênica, aplicado naquilo a que o texto se refere como o Centro da cidade.  Na Globo, além das gravações internas em estúdio, a série contou com duas cidades cenográficas: uma que reproduz o bairro da Tijuca, onde vive a família Bulhosa, e outra, com a favela onde mora Domingos.

A segunda temporada de “Filhos da Pátria” traz mais uma vez os personagens vivendo o que parece ser o início de novos tempos. Agora vai! Será?

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