04 de agosto | 2024
A tragédia que o mundo jamais esquecerá
04/08
– Batalha de Alcacer-Quibir, na qual morreu o rei de Portugal, D. Sebastião (1578)
– Dia da Campanha Educativa de Combate ao Câncer
– Dia do Padre
– Rachel de Queiroz é a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras (1977)
05/08
– Dia Nacional da Saúde
– Nascimento do cientista Oswaldo Cruz (1872)
– Nascimento do Marechal Deodoro da Fonseca (1827)
06/08
– Fundação da cidade de São Luiz, hoje capital do Maranhão, pelo Senhor de La Ravardière (1612)
– Revolução Acreana, chefiada por Plácido de Castro (1902)
– Morre o escritor Jorge Amado (2001)
– Explosão da primeira bomba atômica em Hiroshima, Japão (1945)
07/08
– É eleito o Papa Estêvão IV (768)
08/08
– Morte do Almirante Barroso (1882)
– Primeira experiência em balão pelo Padre Bartolomeu de Gusmão (1709)
– Dia do Pároco
09/08
– Dia Internacional do Índio
– Morte do sociólogo Herbert de Souza – Betinho (1997)
– Nascimento do Padre Antônio Feijó (1784)
10/08
– Nascimento do escritor Jorge Amado (1912)
– Nascimento do poeta Gonçalves Dias (1823)
– Destruição de Jerusalém (70)
Hiroshima e Nagasaki desapareceram sob um cogumelo mortal de fumaça que deixou um rastro de morte e devastação. O mundo quedou-se perplexo diante da audácia americana / Arquivo GB Imagem
A tragédia que o mundo jamais esquecerá
No dia 08 de maio de 1945, o Almirante Dönitz, nomeado pelo próprio Adolf Hitler seu sucessor, anunciou pelo rádio a rendição da Alemanha. Hitler havia cometido suicídio oito dias antes e nada mais havia a ser feito. Era o final de um dos maiores conflitos armados da história mundial. Ou melhor, era quase o fim.
A Segunda Guerra Mundial terminava, mas somente no continente europeu. No Pacífico, o Japão ainda resistia às investidas norte-americanas. Naquele mesmo mês, os líderes aliados reunidos na Conferência de Potsdan haviam exigido a rendição incondicional do império japonês. Tal imposição teria causado uma divisão no próprio governo japonês; enquanto uma ala aceitava a rendição, os militares teimavam em continuar na luta.
Naquela manhã de 06 de agosto de 1945, os tripulantes do avião Enola Gay só conseguiam dizer “Meu Deus, o que fizemos”, depois de presenciarem a cidade de Hiroshima, no Japão, desaparecer embaixo de uma nuvem em forma de cogumelo. Era o efeito do lançamento da primeira bomba atômica americana que saiu de um avião B-29 batizado pelo seu comandante com o nome de Enola Gay, em homenagem à sua própria mãe. No dia 09, outra bomba igual seria lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os pilotos norte-americanos haviam sido treinados durante meses para uma missão especial, a bordo de uma esquadrilha de aviões B-29. No entanto, quase ninguém sabia o que estes aviões realmente transportavam.
Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos.
As bombas de Hiroshima e Nagasaki marcam o início do contexto histórico conhecido como “Guerra Fria”, a disputa político-ideológica e militar que dividiu o mundo entre o socialismo soviético e o capitalismo norte-americano por mais de 40 anos, até a desintegração da URSS, a reunificação da Alemanha e mais simbolicamente a queda do muro de Berlim em novembro de 1989.
Na contabilização geral dos efeitos das duas bombas, o Japão teve mais de um milhão e oitocentas mil vítimas, além de 40% das cidades arrasadas e a economia totalmente destruída; foi desmilitarizado e ocupado pelos Estados Unidos até 1951, quando as Nações Unidas (exceto a URSS e China), concluíram com ele, o Tratado de São Francisco, devolvendo sua soberania e marcando sua reconstrução integrada ao capitalismo internacional.
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