22 de novembro | 2024
A Evolução da Bolsa e Como Valorizar Esse Acessório Essencial
De símbolo histórico a ícone fashion: a bolsa representa elegância, funcionalidade e estilo para mulheres de todas as gerações / GB Imagem
Muito além de um acessório, a bolsa é uma aliada indispensável que reflete a personalidade e o dia a dia de quem a carrega / GB Imagem
A Evolução da Bolsa e Como Valorizar Esse Acessório Essencial
A bolsa é um dos acessórios mais antigos e importantes da moda, carregando uma história que reflete tanto a evolução dos costumes quanto as necessidades práticas de cada época. Desde os tempos antigos, homens e mulheres utilizavam bolsas como itens essenciais para carregar pertences. No entanto, foi durante a Idade Média (500 a 1500) que as bolsas começaram a ter um papel mais destacado, com designs específicos que revelavam a posição social e os usos diversos. Confeccionadas em couro, peles e tecidos ornamentados com bordados, franjas e pedrarias, as bolsas eram tanto utilitárias quanto decorativas. Os homens costumavam usar bolsas maiores, enquanto as mulheres optavam por modelos menores e delicadamente trabalhados.
Nesse período, as bolsas masculinas tinham formatos que variavam de carteiras a mochilas, muitas vezes usadas na cintura, conhecidas como pochetes — que, curiosamente, ressurgiram na moda contemporânea como um item estiloso e prático. Além disso, existiam bolsas-relicário, específicas para carregar objetos preciosos como livros de oração e pequenos itens de valor.
O Século XVIII trouxe mudanças sutis, com bolsas em formatos de carteiras feitas de couro ou seda, muitas vezes bordadas com ricos detalhes. As mulheres mantinham bolsas-bolsos, adornadas com bordados, que passavam de mãe para filha como parte do legado familiar. Essas bolsas refletiam um novo entendimento de privacidade e necessidade pessoal, indicando que as mulheres já sentiam a necessidade de carregar seus pertences de maneira mais individualizada.
O início do Século XX marcou o verdadeiro começo da modernidade para a moda das bolsas. Durante as primeiras décadas, as bolsas passaram a ser não apenas um item utilitário, mas também um complemento de moda indispensável. O surgimento de modelos para diferentes momentos do dia — bolsas para a manhã, tarde e noite — destacou a crescente importância desse acessório. A década de 1920 viu a popularidade das carteiras feitas com couros exóticos, como o de cobra e crocodilo, enquanto os modelos noturnos ganhavam pedrarias e ornamentos sofisticados.
Na década de 1930, o cinema de Hollywood influenciou fortemente o design de bolsas, popularizando modelos menores com fechos metálicos e detalhes glamorosos. O uso de materiais alternativos como o plástico Bakelite tornou a fabricação mais acessível e variada. Os anos 1940 e 1950 continuaram essa tradição, com a bolsa ganhando ares de sofisticação e funcionalidade.
Os anos 1960 foram marcados por inovações no mundo da Moda, e o Brasil começou a ver a ascensão de seus próprios ateliês de alta costura, que ditavam tendências locais. As bolsas passaram a refletir essa nova criatividade, com materiais e formatos adaptados à mulher moderna. Durante os anos 1980, a democratização da Moda trouxe uma diversidade ainda maior. O estilo sacola, prático e espaçoso, tornou-se um item essencial, combinando com pastas executivas para criar um visual de mulher de negócios. O hábito de forrar os sapatos com o mesmo tecido da roupa em eventos formais era uma marca de elegância.
Curiosamente, a pochete, acessório que havia sido usado na Idade Média, voltou ao cenário da moda nos anos 1980, tornando-se um símbolo de praticidade e versatilidade. Os anos 1990 foram um ponto de virada. As bolsas foram oficialmente reconhecidas como um acessório de moda, elevando-as a um patamar de item indispensável para completar o visual. Com isso, as regras rígidas de coordenação com sapatos foram abandonadas, e os modelos passaram a ser confeccionados em uma infinidade de materiais, como tecidos estampados, couro, plástico e materiais sintéticos.
No Século XXI, a bolsa continua a ser uma peça central da moda, simbolizando não apenas estilo, mas também a individualidade de quem a usa. Os modelos maiores, com alças confortáveis e múltiplas repartições, são os favoritos, especialmente para mulheres que têm um dia a dia corrido e precisam carregar vários itens com praticidade. Bordados, aplicações, texturas diferenciadas e detalhes em metais permanecem em alta, destacando a bolsa como um item de expressão pessoal.
Cinco dicas para valorizar o uso da bolsa:
1- Combine sem exagerar: Uma bolsa que contrasta levemente com a paleta de cores do look pode criar um visual interessante e moderno. Não é mais necessário que a bolsa e os sapatos sejam do mesmo tom; contraste e variação são bem-vindos.
2- Escolha modelos adequados para cada ocasião: Bolsas pequenas e clutches são ideais para eventos formais, enquanto modelos maiores e despojados se adaptam ao dia a dia e compromissos casuais.
3- Experimente texturas e materiais diferentes: Bolsas de couro texturizado, materiais sintéticos com aplicações ou tecidos bordados são opções para trazer um toque de originalidade ao visual.
4- Invista em detalhes marcantes: Bolsas com franjas, pedrarias, fechos decorativos e outros detalhes chamativos podem transformar um look simples em algo mais sofisticado.
5- Priorize a funcionalidade com estilo: Além de serem esteticamente agradáveis, as bolsas devem ser práticas. Opte por modelos com compartimentos e divisões que atendam às suas necessidades diárias, garantindo organização e facilidade de uso.
A história da bolsa é um reflexo da transformação das sociedades e da própria moda. Ela evoluiu de um simples objeto utilitário para um verdadeiro ícone de estilo, essencial para mulheres ao redor do mundo.
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